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Os últimos dias, ou meses, têm sido assustadores para os brasileiros, gastronomia incluída. Pois, conseguimos a proeza de nos assustar mais do que já estávamos por conta da operação da Carne Fraca da Polícia Federal. Não dá para acreditar que alguém coloque em risco a vida de outras pessoas pensando apenas em lucrar.

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Brincar com segurança alimentar parece ficção. É óbvio também que é preciso agir rápido para não perder mercado, o Brasil é o maior exportador de carne bovina do mundo.

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Não se pode generalizar, muito menos banalizar. Investigar e punir é o caminho. Mais seriedade, menos sensacionalismo. Por tudo isso, pensei nesta sopinha. Pra mim lembrou família, meu pai gostava, e caiu tão bem que foi como levantar das cinzas. Deixei um resfriado chegar. Pronto, passou.

Era comum lá em casa, na minha infância, a pavesa, ou pavese. São poucas as referências e algumas receitas indicando caldo de carne em cubos, vamos parar com essa brincadeira.

O segredo, sempre tem um, é um caldo de carne muito bem feito e servi-lo fervendo por cima do pão e do ovo. Queijo duro de boa qualidade ralado e está pronto o prato.

Se ficou curioso sobre a origem, achei uma explicação, acompanhada de uma receita decente neste blog.

E achei também uma alma generosa que sabia que a sopa cairia como um milagre arrasando meu estado gripal.

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Como em Curitiba todos já tiraram seus cobertores do armário é uma boa hora de enfrentar a pavese e se recuperar dos sustos.

Meio litro de caldo será suficiente para duas pessoas. Torre na frigideira duas fatias grandes de pão de fermentação natural, de preferência, com manteiga, e coloque em um prato aquecido. Deixe a crosta do pão bem dourada. Acrescente o ovo cru e coloque o caldo bem quente por cima. Por último coloque o queijo ralado a gosto. Bom apetite.