Dupla de apresentadores; a gerente do Núcleo Estilo de Vida, Andrea Sorgenfrei, e o chef Guilherme Guzela
Nos anos anteriores era difícil escutar os apresentadores e prestar atenção em quem estava recebendo o prêmio porque a festa rolava junto com a premiação, com bebida e comida era impossível controlar o ruído.
Acostumada a frequentar os prêmios internacionais, sabia que o formato funcionava melhor. Pelo jeito a maioria gostou da novidade, foi elogiada. Vamos amadurecendo.
Alguns profissionais e seus produtos, ou restaurantes são imbatíveis, como o chocolate da Cuore di Cacao, assim como os representantes do Badida pela carne e couvert e Júnior Durski pelo prêmio de melhor adega. Gostei também da premiação que ele recebeu pelo seu Durski Internacional Cuisine. Depois de um período fechado, o empresário reabriu a casa, que sem dúvida, é a melhor em termos de opção clássica.
Preciso destacar ainda o prêmio para a La Panoteca. Ver o reconhecimento dos pães de fermentação natural é muito importante. Entre os indicados duas boas novidades também Maçã e a Fábrika, ambas com produtos artesanais. Uma evolução.
Ainda conservadora
Sinto não ver a chef Manu Buffara entre os premiados, seu trabalho é reconhecido nacionalmente e até no exterior – acabei de compartilhar um link no facebook onde ela aparece entre os chefs que irão participar do projeto “shuffle” do Gelinaz. O evento faz com que os mais importantes chefs do mundo todo mudem de lugar e cozinhem em outros restaurantes e morem por uns dias no lugar do chef que “substitui”. Um orgulho ver Manu nesse grupo.
Com o seu trabalho, ela vai colocando Curitiba no mundo internacional da gastronomia. Um colega me disse que talvez seja porque sua atuação esteja mais voltada para esses mercados. Pode ser, mas é uma surpresa seu nome não aparecer na premiação. Curitiba continua conservadora. A pizzaria Bresser também não recebeu nenhum voto, o que é uma novidade, costumava ganhar. A casa sempre cheia e a qualidade da comida não deixam dúvidas de que merecia pelo menos a indicação.
Chamada para entregar um dos principais prêmios, menu completo, fiquei emocionada ao ver a lembrança e o reconhecimento pela causa que defendo há alguns anos – criar uma identidade e aperfeiçoar nossa cozinha, assim como valorizar e promover nossos talentos.
Antes de finalizar, não posso deixar de falar sobre a subida da Gabriela Carvalho ao grupo dos “chefs cinco estrelas”. Autêntica, soube inovar desde o início do seu restaurante Quintana, toma com propriedade bandeiras, como o uso de ingredientes orgânicos, entre outras causas. Reconhecimento mais do que merecido. Em geral, sobre o prêmio e a nossa gastronomia, ainda temos um longo caminho de evolução pela frente. E você leitor, o que acha?