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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rebateu nesta quarta-feira (4) os "descréditos" do mercado e afirmou que o Produto Interno Bruto do País (PIB) está crescendo acima das expectativas. O IBGE informou que PIB cresceu 0,9% no terceiro trimestre em relação aos três meses imediatamente anteriores. O petista disse que, "apesar de quem torce contra", o PIB deve crescer 3,5% neste ano.
“Para a surpresa dos descréditos, o PIB de 2023 não foi 2,9%, foi 3,2%. O PIB de 2024 não será 1,5%, como o mercado previa, vai ser 3,5%. E, a gente vai fazer um esforço muito grande para continuar fazendo as coisas acontecerem nesse país independentemente daqueles que querem trabalhar contra”, disse Lula.
A declaração do chefe do Executivo ocorreu durante uma reunião com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), no Palácio do Planalto, informou o jornal Valor Econômico. Nesta terça (3), o IBGE também revisou o crescimento do PIB de 2023 de 2,9% para 3,2%.
O petista também afirmou que as medidas do pacote de corte de gastos, principalmente o pente-fino no Bolsa Família e no Benefício de Prestação Continuada (BPC), estão sendo feitas com “a maior delicadeza possível”.
“O pessoal joga a culpa no Bolsa Família, no aposentado do INSS, no BPC, tudo coisas que estamos fazendo com a maior delicadeza possível. A gente não quer ir para as páginas dos jornais punindo alguém que não pode ser punido. Queremos fazer o levantamento fidedigno… Aqueles que têm direito vão continuar recebendo, aqueles que estão de forma ilícita vão parar de receber. Esse é o preço que a gente paga por ser sério”, afirmou.
O mercado financeiro recebeu o anúncio das medidas com desconfiança. O dólar chegou a bater R$ 6 pela primeira vez na história no último dia 29 influenciado, principalmente, pela ampliação da isenção do Imposto de Renda anunciada junto com o pacote de corte de gastos.
Lula defende mudança no Fundo Constitucional do DF
Lula defende as mudanças no Fundo Constitucional do Distrito Federal incluídas no pacote fiscal. A proposta submete a variação de recursos do Fundo ao IPCA. A equipe econômica estima que a economia será de R$ 800 milhões em 2025 e R$ 1,5 bilhão em 2026.
“Não era possível ele [DF] receber mais que os outros estados. Aliás, já é o estado que recebe mais se comparado a qualquer outro estado”, disse o presidente.
O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), procurou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e outros parlamentares para evitar a aprovação da proposta. Ibaneis ressaltou que “não existe capital da República sem financiamento da União”.
“O governo quer comparar os fundos do DF aos fundos regionais. Isso não pode ser comparado. O Fundo Constitucional é um fundo de custeio, está vinculado à segurança da capital da República, à saúde e à educação”, disse o governador.
