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Três ministros do partido de direita Otzma Yehudit (Poder Judaico) renunciaram ao cargo por não aceitarem a decisão do primeiro-ministro Benjamim Netanyahu em relação ao cessar-fogo com o grupo terrorista Hamas.
O Ministro da Segurança Nacional Itamar Ben Gvir, o Ministro do Negev, Galileia e Resiliência Nacional Yitzhak Wasserlauf e o Ministro do Patrimônio, Amichai Eliyahu não estão mais no governo. Outros três membros do partido de Bem Gvir também já enviaram cartas pedindo renúncia.
“A partir de agora, o partido Otzma Yehudit não é mais um membro da coalizão”, afirmou o partido de direita em uma declaração. De acordo com o portal de notícias The Jerusalem Post, a saída entrará em vigor oficialmente na terça-feira (21).
O noticiário também informou que o Ministério da Segurança Nacional e do Desenvolvimento do Negev e da Galileia e o Ministério da Resiliência Nacional provavelmente serão entregues aos atuais ministros do Likud.
Já o Ministério do Patrimônio provavelmente será incorporado a um ministério já existente.
O ministro das Finanças israelense, Bezalel Smotrich, também ameaçou deixar o governo se Israel interromper a guerra contra o Hamas, em Gaza.
Smotrich lidera o partido nacionalista Sionismo Religioso, que faz parte do governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Saída dos partidos e o governo de Netanyahu
Segundo o portal de notícias The Times Of Israel, a saída de Otzma Yehudit reduz a maioria da coalizão de Netanyahu, no Knesset, ou seja, de 68 dos 120 parlamentares, agora o governo conta com apenas 62 ou 63, dependendo de acordos complexos que agora terão que ser resolvidos entre o partido de Ben-Gvir e o partido de direita Sionismo Religioso, de Bezalel Smotrich.
Ben Gvir, responsável pelo partido Otzma Yehudit, afirmou em declaração feita que Israel teve “conquistas significativas sob a liderança” de Netanyahu, mas reclamou que com o acordo de cessar-fogo, “ele cruza todas as linhas vermelhas ideológicas”.