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Caminhões com ajuda humanitária que aguardavam passagem para a Faixa de Gaza, a partir da passagem de fronteira de Rafah, no Egito, começam a entrar em território palestino, segundo constatou a Agência EFE e emissoras de TV local.
A travessia só estava autorizada a partir do início do cessar-fogo entre Israel e Hamas, que entrou em vigor neste domingo (19), às 11h15 no horário local (6h15, horário de Brasília), segundo confirmado tanto pelo governo israelense quanto por Egito e Catar, os principais mediadores e garantidores do acordo no conflito.
De acordo com fontes do Crescente Vermelho egípcio, ao menos 200 caminhões com alimentos e produtos básicos, incluindo água potável, suprimentos sanitários e de higiene e tendas, estão entrando de Rafah em direção a Al Auya e Kerem Shalom.
Centenas de outros caminhões continuam esperando na área. A expectativa é que estes também possam cruzar a fronteira ainda hoje (19).
Desde o início da manhã deste domingo (19), a televisão egípcia mostrou imagens de longas filas de caminhões e ambulâncias em Rafah, estacionados em grandes áreas logísticas para armazenar e preparar a entrada de diferentes tipos de ajuda humanitária no enclave palestino.
Além da ajuda humanitária, dezenas de caminhões-tanque com combustível também aguardam do lado egípcio para entrar na Faixa pelas passagens de Rafah e Kerem Shalom, esta última conectando Israel ao sul do enclave palestino.
Ajuda humanitária
A passagem de Rafah era a principal rota de suprimentos para Gaza, pois era a única que não estava sob controle israelense. A pouca ajuda que conseguiu entrar no território durante os primeiros meses do conflito passou por lá, até que em maio de 2024 tropas israelenses ocuparam a área e bloquearam seu uso.
Nesse sentido, o ministro das Relações Exteriores egípcio, Badr Abdelaty, anunciou ontem (18) que a passagem de Rafah "em breve estará operacional novamente" e que as autoridades "estão reabilitando-a" para permitir a passagem de ajuda com maior agilidade.
As autoridades egípcias também dizem que já colocaram em alerta seus hospitais e equipes médicas, especialmente em Al Arish e Rafah, no norte do Sinai, para receber os feridos e doentes do enclave palestino durante o cessar-fogo.