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O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, disse que vai propor ao Banco Central (BC) e à Federação Brasileira de Bancos (Febraban) a imposição de um limite para o valor de saques nas vésperas do segundo turno das eleições municipais, que acontecerá no dia 27 de outubro.
“Vou conversar com o Bacen [Banco Central] e Febraban ainda hoje, para ver a viabilidade de implementar alguma medida. Com certeza a PF proporá algo antes do segundo turno, ainda que seja alteração de fluxo de comunicação”, disse Andrei Rodrigues à CNN Brasil, nesta terça-feira (8).
Para basear o pedido que será levado ao setor bancário, Andrei terá como referência os valores apreendidos pela PF dias antes do primeiro turno das eleições municipais, que ocorreu no domingo (6).
Só no dia da votação foram apreendidos R$ 590 mil. Na semana que antecedeu o pleito, a PF apreendeu R$ 21 milhões.
A título de comparação, durante as eleições de 2022 foram confiscados cerca de R$ 5 milhões. Na eleição de 2020, a PF apreendeu aproximadamente R$ 1,5 milhão.
Dinheiro apreendido
Durante os 15 dias que antecederam o dia da votação, a PF realizou apreensões e vários estados, dentre os quais se destacam:
- Alagoas, onde os agentes apreenderam R$ 790 mil em espécie uma operação de combate a crimes eleitorais, no dia 30 de setembro;
- Manaus, onde foram apreendidos R$ 798,7 mil – também em espécie - no mesmo dia;
- Ceará, onde os agentes apreenderam R$ 1,6 milhão em quatro operações diferentes, em uma semana.
- Piauí, onde a PF flagrou a distribuição de R$ 150 mil entre eleitores da capital, Teresina, no dia 3 de outubro. No dia 12 de setembro, também em Teresina, a PF apreendeu R$ 1,5 milhão em espécie.
- Rio de Janeiro, onde foram apreendidos mais de R$ 2 milhões em espécie.