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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se encontrou com o filho do presidente norte-americano Donald Trump na noite deste sábado (18) em Washington, nos Estados Unidos. O encontro com Donald Trump Jr. ocorreu durante um baile de gala que faz parte da programação para a posse desta segunda (20).
Eduardo Bolsonaro agradeceu a Trump Jr. por perguntar da presença do pai, Jair Bolsonaro (PL), na comemoração, mas que se ausentou por não ter o passaporte devolvido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Obrigado por perguntar pelo meu pai, nós sabemos a consideração que você e sua família têm pelo Brasil”, disse em uma postagem nas redes sociais:
. @DonaldJTrumpJr obrigado por perguntar pelo meu pai @jairbolsonaro , nós sabemos a consideração que você e sua família têm pelo Brasil.
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) January 19, 2025
Bom revê-lo neste momento histórico.
🇺🇸EUA 2016 e 2024
🇧🇷Brasil 2018 e 2026 pic.twitter.com/ajCvOOc3zD
Além de ter participado do baile do final de semana, Eduardo Bolsonaro também estará na cerimônia de posse de Donald Trump nesta segunda (20), no Capitólio, junto da ex-primeira-dama Michelle. Ela chegou nos Estados Unidos na noite de sábado (18) e lamentou a ausência do marido – que ela reforça ser um perseguido pela Justiça brasileira.
“Sentimento de tristeza, mas nos temos certeza que o ex-presidente Jair Bolsonaro, que teve 58 milhões de votos, está sendo perseguido pelo Judiciário. Era para ele estar aqui, ele é amigo do presidente Trump, amigo da América, e gostaria muito de estar presente nesse momento tão importante que vai ser a posse do presidente”, disse.
Ela ainda afirmou que levará a Trump um abraço do ex-presidente durante a cerimônia de posse.
Michelle também refutou as especulações de que Bolsonaro poderia usar a viagem para a posse de Trump, nos Estados Unidos, como pretexto para fugir do Brasil. “Ele não cometeu nenhum crime”, disse, repetindo o argumento utilizado pela defesa do ex-presidente no pedido para a devolução do passaporte.
O pedido foi negado duas vezes na semana passada por Moraes. Nas alegações para negar a devolução do passaporte, o magistrado citou uma entrevista de Bolsonaro de que poderia pedir refúgio em alguma embaixada no Brasil caso tivesse a prisão decretada.
“O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) admitiu em entrevista ao UOL a possibilidade de pedir refúgio em alguma embaixada no Brasil, caso tenha a prisão decretada após eventual condenação pela trama golpista de 2022”, disse Moraes na decisão.
Os advogados argumentaram que o tempo de vigência das medidas cautelares é “excessivo” e reforçaram que Bolsonaro “permanece como mero investigado, ainda que indiciado e, conforme já expressado por ele, no aguardo da oportunidade de demonstrar sua inocência”.
E que ele foi à Argentina, em dezembro de 2023, para a posse do presidente Javier Milei e voltou ao Brasil, o que não justificaria a alegação de risco de fuga.