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Meio ambiente

Lula designa embaixador para presidir a COP 30 de Belém em novembro

Lula e Corrêa Lago
Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas será presidida por André Corrêa do Lago, que já ocupa cargo correlato no Itamaraty. (Foto: Ricardo Stuckert/Secom)

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolheu o embaixador André Corrêa do Lago para presidir a COP 30, a Conferência da ONU sobre Mudança Climática que será realizada em novembro em Belém. Ele terá o desafio de conduzir o encontro num momento delicado em que o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retirou o país do Acordo de Paris e determinou a volta da produção massiva de veículos automotores e prospecção de petróleo.

“Além do governo, com a sociedade civil, o empresariado, todos os atores essenciais na primeira formação do que o Brasil quer desta COP. Vamos juntos conseguir fazer uma COP que será lembrada com entusiasmo”, disse o diplomata à agência do governo.

O nome de Lago foi confirmado após uma reunião nesta terça (21) que teve a participação, entre outros, da ministra Marina Silva (Meio Ambiente) e Sidônio Pereira (Secretaria de Comunicação Social/Secom), que passou a conduzir a comunicação do governo.

Lula afirmou, nas redes sociais, que pretende fazer uma COP 30 “histórica por um futuro mais justo e sustentável para o nosso planeta”.

“A COP30, que acontece este ano em Belém, terá como presidente André Corrêa do Lago, atual Secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Itamaraty, e como diretora executiva (CEO), Ana Toni, que atualmente é Secretária Nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente”, completou.

André Corrêa do Lago é formado em economia e ingressou na diplomacia em 1982, ocupando cargos estratégicos no Ministério das Relações Exteriores como negociador-chefe do Brasil na Rio+20 e em discussões sobre mudanças climáticas. Além disso, foi embaixador no Japão, na Índia e no Butão.

A COP30 reunirá líderes mundiais, cientistas, empresários, ONGs e representantes da sociedade civil de mais de 190 países, com discussões voltadas para ações concretas contra as mudanças climáticas. Entre os principais desafios estão alinhar compromissos entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, garantir financiamento climático e abordar os impactos socioeconômicos em populações vulneráveis.

“Os Estados Unidos como economia que lidera o Planeta, como líderes nas emissões com a China, não podem de maneira alguma estar fora desse debate. [...] Precisamos a partir do financiamento climático, encontrar soluções para a natureza, para o desenvolvimento econômico sustentável e, acima de tudo, compreendendo que esta é uma agenda necessária para cuidar das pessoas e salvar a humanidade”, disse mais cedo o governador paraense Helder Barbalho (MDB-PA), que será o anfitrião do encontro.

Para ele, a decisão do novo presidente norte-americano de deixar o Acordo de Paris, entre outros atos, pode ser benéfica para o Brasil ao atrair investimentos de economias que buscam melhores políticas ambientais.

“Todas as economias [do mundo] estão percebendo que os eventos climáticos trazem um prejuízo econômico absolutamente importante. Portanto, ter a aderência aos compromissos de redução de emissões, garantir políticas de sustentabilidade, buscar modelos de transição energética e, no âmbito do Brasil, colocar o valor da floresta como oportunidade de desenvolvimento para a Amazônia é o que devemos trilhar até a COP 30”, pontuou.

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