A cidade de São Paulo deve lançar pelo menos três edifícios projetados pra figurar entre os mais altos do país, nos próximos meses. O Platina 220, o maior prédio da cidade até agora, localizado na zona leste, tem 172 metros e 46 andares. Inaugurado em 2022, ultrapassou o Mirante do Vale, com 170 metros, que por décadas foi o arranha-céu mais alto de São Paulo. Situado na região central, o Mirante é um ponto turístico da maior capital do país.
Neste ano, o Platina 220 deve perder a posição de edifício mais alto da cidade. Novos empreendimentos previstos para este ano e para 2026 devem mudar o panorama da verticalização paulistana, especialmente após a aprovação, no fim do ano passado, da alteração na Lei 16.050, responsável pelo Plano Diretor de São Paulo. A Câmara de Vereadores da capital paulista autorizou a verticalização em áreas predominantemente residenciais.
Mesmo com "novos gigantes", São Paulo ainda está longe de Balneário Camboriú
Apesar da expansão vertical, os arranha-céus de São Paulo ainda ficam aquém dos edifícios de Balneário Camboriú (SC). A cidade catarinense abriga edifícios com quase 300 metros de altura.
O Senna Tower, cuja proposta foi lançada em 2021 e foi rebatizada em 2024, promete ser o prédio residencial mais alto do mundo, com 500 metros de altura, ultrapassando o Central Park Tower, em Nova York, que tem 472 metros de altura.
Projetado pela FG Empreendimentos, o prédio, inspirado na trajetória do piloto Ayrton Senna, terá 228 apartamentos e 8 elevadores de alta performance. Para erguer edifícios tão altos, engenheiros especialistas em grandes construções afirmaram à Gazeta do Povo que há algumas premissas características:
- fundações reforçadas;
- elevadores mais rápidos;
- revestimentos resistentes;
- maquinário especializado na construção.
Mesmo com São Paulo aumentando o leque de arranha-céus os novos projetos paulistanos, nenhum deles alcança metade da altura do Senna Tower.
Antes na zona leste, novos arranha-céus se concentram na zona sul de São Paulo
Nos próximos anos, a construção de arranha-céus em São Paulo deve migrar da zona leste para a zona sul. Para este ano está prevista a inauguração do Alto das Nações, com 219 metros de altura e 45 andares, no bairro Chácara Santo Antônio. O edifício terá um mirante com vista para pontos turísticos e estará integrado a um complexo com centro comercial, parque e acesso à linha de trem metropolitano 9-esmeralda.
Outro destaque é o Parque Global, da construtora Benx, localizado no Real Parque, também na zona sul da capital paulista. Com 173 metros de altura, será o segundo maior prédio de São Paulo, com conclusão da obra marcada para 2026.
Os prédios mais altos da cidade de São Paulo são:
- Platina 220: 172 metros (zona leste)
- Mirante do Vale: 170 metros (centro)
- Figueira Altos do Tatuapé: 168 metros (zona leste)
Em 2026, os maiores serão:
- Alto das Nações: 219 metros (zona sul)
- One Innovation: 209 metros (local a ser divulgado)
- Parque Global: 173 metros (zona sul)
Investimentos em infraestrutura impulsionam construção de edifícios mais altos
Valter Caldana, arquiteto e professor de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), explica as distinções de projetos entre os prédios que caracterizam as cidades de Balneário Camboriú e São Paulo. “São Paulo se destaca pelo conjunto da obra: seu tamanho, força, capacidade de acolhimento, criatividade e, acima de tudo, sua diversidade”.
Caldana lembra que o movimento de construção de prédios mais altos na capital paulista começou em 2016. “Hhouve uma simplificação nas leis que facilitou o surgimento de edifícios mais altos, incluindo os residenciais”, explicou.
O arquiteto atribui a crescente demanda por prédios altos a fatores específicos do mercado imobiliário. “Em áreas consolidadas, onde os investimentos públicos em infraestrutura valorizam o solo, a construção de edifícios mais altos está aumentando e deve continuar assim. Esse movimento já é perceptível em regiões específicas da cidade”, afirmou Caldana.
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