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Entrelinhas

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Notas sobre política e variedades. Edição: Mariana Braga (marianam@gazetadopovo.com.br)

Deputado denuncia uso de maquinário público pelo MST em invasão no RS

(Foto: Raul Pereira | Agência ALRS)

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O deputado estadual Capitão Martim (Republicanos-RS) enviou ofício à Polícia Civil do Rio Grande do Sul denunciando o suposto uso de máquinas públicas em ações de apoio ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) durante invasões na cidade de Pedras Altas. A denúncia motivou a abertura de um inquérito policial. Além disso, o parlamentar apresentou fotos e depoimentos de proprietários ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado.

A situação ganhou repercussão após a invasão, na última terça-feira (3), da Cabanha Santa Angélica, propriedade histórica conhecida pela criação de cavalos crioulos e gado, e da Fazenda Nova, produtora de grãos e gado de corte. Segundo Martim, produtores rurais da região manifestaram preocupação com ameaças de novas invasões. Em entrevista à coluna Entrelinhas, o deputado relatou que esteve em Pedras Altas e conversou com o prefeito José Volnei (PT-RS), que admitiu ter autorizado o uso de máquinas da prefeitura no local. "Ao ceder máquinas da prefeitura para o MST, ele cometeu crime de improbidade administrativa e apoiou uma invasão", afirmou.

Em vídeo publicado nas redes sociais, o prefeito justificou a ação, alegando que "fez sua função como gestor" ao apoiar o movimento. Segundo Martim, Volnei confessou que utilizou equipamentos da prefeitura, incluindo retroescavadeiras e caminhões, além de instalar caixas d'água no local. “Totalmente absurdo”, disse o deputado. “Quando o pessoal chegou para invadir, tinha todo o aparato da prefeitura junto”, completou.

O parlamentar também destacou que o prefeito admitiu que sua filha e genro estavam envolvidos na invasão. Além disso, mais de 20 crianças estavam presentes no local. "Acionei o Conselho Tutelar porque crianças foram usadas para cometer crimes", declarou. Martim celebrou a retirada dos invasores pela polícia, mesmo sem mandado judicial. "Foi uma vitória no Rio Grande do Sul porque ficou claramente caracterizada a invasão", concluiu.

Conteúdo editado por: Mariana Braga

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