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O deputado federal Nicoletti (União-RR) denunciou à coluna Entrelinhas a presença de forças militares venezuelanas, ligadas ao regime de Nicolás Maduro, realizando "treinamento militar" na fronteira entre Brasil e Venezuela. O parlamentar alertou para possíveis violações da soberania nacional e riscos iminentes à segurança do país.
Segundo Nicoletti, os exercícios militares realizados pela Venezuela começaram recentemente e foram justificados pelo regime de Maduro como uma medida para garantir a soberania nacional. Ele ainda afirmou que o ditador venezuelano fechou a fronteira, impedindo a passagem de brasileiros. De acordo com o deputado, as tropas armadas chegaram a invadir o território brasileiro, embora os detalhes sobre essas incursões ainda não estejam claros.
Nicoletti afirmou que o regime de Maduro tem intenções expansionistas e responsabilizou o "desgoverno Lula" por não assegurar segurança pública adequada na região fronteiriça. "O risco é iminente. Ele já falou que ia invadir a Guiana Inglesa. Para ele pegar Pacaraima (no norte de Roraima) é um pulo", enfatizou.
O parlamentar protocolou nesta semana medidas para reforçar a fiscalização na fronteira. "Solicitei mais efetivo para a Polícia Federal e um posto de fiscalização para a Polícia Rodoviária Federal, para que possamos fazer a fiscalização de quem entra e sai do nosso país", explicou.
Nicoletti também pediu maior atenção do Exército Brasileiro para a região. Segundo ele, apesar da presença de destacamentos, a vigilância contínua ainda é insuficiente. "Na Venezuela, a Força Armada está ali vigilante 24 horas e nós, infelizmente, sem nada", avaliou. “Vamos oficiar o Ministério das Relações Exteriores para saber por que adentraram ao nosso país e solicitar ao Ministério da Defesa uma força maior”, finalizou.
Para enfrentar os desafios na fronteira, Nicoletti defendeu mudanças estruturais e legislativas. "Precisamos de novos parlamentares, que queiram preservar as nossas fronteiras e a nossa Amazônia", declarou. Ele também criticou a atual política migratória, defendendo um modelo mais rígido, semelhante ao adotado pelos Estados Unidos com Donald Trump.
Conteúdo editado por: Mariana Braga