O Conselho de Administração da Petrobras aprovou nesta quinta-feira (26), por maioria, a eleição de Luciano Coutinho para ocupar a presidência do colegiado, em substituição ao ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, que renunciou ao cargo, informou a estatal.
Coutinho, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desde abril de 2007, é membro do Conselho de Administração da Petrobras desde abril de 2008, por indicação do governo. Ele também integra o Conselho de Administração da Petrobras Distribuidora.
Petrobras diz que ainda não há data definida para divulgação dos balanços
A nova diretoria teria optado por recorrer aos valores “oficiais” da Operação Lava Jato para incluir nos balanços dos terceiro e quarto trimestres do ano passado as perdas decorrentes de corrupção
Leia a matéria completaA Petrobras disse, em fato relevante, que a eleição de Coutinho, conforme dispõem a Lei das Sociedades Anônimas e o Estatuto Social da empresa, é válida até a próxima Assembleia Geral de Acionistas, e que ainda não foi eleito um novo conselheiro.
O fato relevante não trouxe outras decisões, ou mesmo discussões, que possam ter havido na reunião do Conselho desta quinta-feira.
Balanço
Segundo uma fonte disse à Reuters na quarta-feira (26), a diretoria executiva da Petrobras apresentaria ao Conselho o andamento dos trabalhos e os métodos usados para fechamento dos resultados financeiros auditados.
A Petrobras reiterou em nota mais cedo que “continua trabalhando para disponibilizar as demonstrações contábeis revisadas do terceiro trimestre de 2014 e as demonstrações anuais auditadas o mais breve possível”.
A divulgação dos resultados estão atrasados por conta das dificuldades da estatal em calcular as perdas decorrentes do esquema de corrupção que está sendo investigado pela Operação Lava Jato.
A estatal disse, em nota pela manhã, que “está avaliando o tratamento contábil adequado para os pagamentos indevidos identificados no âmbito das investigações relativas à Operação Lava Jato”.
A companhia disse também que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) não foi consultada sobre proposta de tratamento contábil para pagamentos indevidos e tampouco a autarquia se manifestou sobre o assunto.
As ações da petroleira fecharam em queda de 5% nesta quinta-feira na bolsa paulista.
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