Se no Brasil fala-se que o ano só começa após o Carnaval, os atleticanos esperam que a temporada para o Furacão inicie de fato ainda mais tarde, a partir desse domingo (10), às 16 horas, contra o Internacional, na Arena da Baixada.
Depois das frustrações nos primeiros quatro meses da temporada, o Atlético tem no Brasileiro a principal chance de evitar um 2015 marcado por uma sucessão de tristezas – o clube ainda jogará a Copa Sul-Americana no segundo semestre.
Até agora não tem sido fácil para os rubro-negros, especialmente em um ano que prometia ser sensacional.
Depois de sofrer com as reformas da Arena desde 2012, o time iniciou o Paranaense finalmente podendo jogar no seu estádio padrão Fifa desde o início – sem sanções da Justiça desportiva.
Praça esportiva com teto retrátil, a grande novidade estética em estádios brasileiros e que prometia alavancar a presença de público em jogos e eventos.
Soma-se a esperança criada com a promessa da diretoria de que esse seria o ano do futebol e a manutenção da base da equipe que ficou em oitavo lugar na edição passada do Brasileiro.
Mas até agora a expectativa só virou frustração com a nona colocação no Paranaense – com direito a participação no Torneio da Morte – e a eliminação na segunda fase da Copa Brasil, em casa, diante do Tupi, representante mineiro da Série C.
O Atlético do técnico Milton Mendes aposta justamente na mesma escalação que iniciou a partida contra o Tupi, na quarta-feira (6), para estabelecer um novo marco zero no 2015. A justificativa é que o time, mesmo sendo eliminado, “evoluiu”.
O Internacional, mesmo contando apenas com reservas por causa da participação na Taça Libertadores, tem destaques como o meia Anderson, o zagueiro Réver e o atacante Rafael Moura.
“Temos de ter cuidado sempre porque é uma equipe de alto nível. Sabemos dos seus pontos fortes e vamos procurar anular”, garantiu Mendes na sexta-feira (8), em entrevista coletiva no CT do Caju.
“Temos de buscar os lados do campo, onde normalmente eles deixam mais espaços”, ensinou o treinador, sem ver a sua equipe como uma das candidatas a ser rebaixada.
Caso a tática do terceiro comandante no ano funcione, o Atlético pode começar a trazer de volta os torcedores para o seu lado, o que será importante em um campeonato longo e difícil como é a Série A. E ainda mais fundamental para os dirigentes rubro-negros que terão as eleições para o comando do clube ao fim da temporada.
“Iniciamos uma nova trajetória e vamos buscar a vitória, independentemente do adversário. Tenho certeza de que será uma nova era e faremos um bom campeonato”, apostou o volante Jadson, refletindo o desejo dos rubro-negros de uma “nova era” sem tantos desgostos dentro de campo.
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