O maior vencedor versus a luta por um título inédito. A superioridade histórica do Coritiba acabou relativizada após o resultado na primeira partida da final. Assim, apesar de o técnico Itamar Schülle continuar apontando o adversário como favorito à 37.ª taça estadual, o Coxa recebe o Operário com outros olhos. Não apenas pelos 2 a 0, mas pelo oponente ter, sim, jogador melhor e se empenhado mais. “Estávamos fora da tomada”, reconheceu o vice-presidente do Coxa, Ernesto Pedroso.
Para ligar o time nos 220 volts, o Alviverde se apega novamente à torcida, apesar de não ter feito nenhuma promoção de ingressos, justificando com o apoio inerente da final.
O Operário ganhou fôlego durante a competição e chega com um placar capaz de equilibrar o jogo e manter a eficiência defensiva para sair com a primeira taça da história.
Times
Treinos fechados dos dois lados deixaram os anúncios oficias dos times apenas para este domingo.
Norberto, que sofreu um corte na cabeça durante o jogo no Germano Krüger era dúvida mas deve ser confirmado na lateral direita do Coritiba. Maior expectativa, Rafhael Lucas participou de alguns trabalhos na semana e pela importância da partida, pode ser confirmado.
O técnico do Fantasma, Itamar Schülle, não adiantou quem assumirá o ataque. Douglas (artilheiro da equipe no estadual, com oito gols) fica à disposição. Porém, Joelson (autor de um gol na vitória por 2 a 0 no jogo de ida) pode permanecer no time.
Campanhas
Apesar do tropeço no jogo de ida, o Coritiba mantém a melhor trajetória do campeonato. Além de ter se classificado em primeiro, na soma das fases acumula 11 vitórias, dois empates e três derrotas. O Operário soma nove vitórias, quatro empates e três derrotas em toda a disputa. Com dos dois gols em Ponta Grossa, o Fantasma igualou a artilharia com o Coxa em 25 gols. O Alviverde sofreu dez e o adversário 11.
- Operário resgata autoestima da torcida e sonha com inédito título estadual
- ‘Mal-acostumada’, juventude coxa vê título como obrigação
- Coxa aposta no poder do ataque no Couto para ser campeão
- Confira as escalações e as estratégias de Coritiba e Operário para a final
- Antes mesmo da final, Coritiba administra a tensão pré-Brasileiro
- Carneiro Neto: Dia de decisão
Confrontos
Coritiba e Operário se enfrentaram 72 vezes. São 44 vitórias alviverdes, 15 empates e 13 triunfos do Fantasma. O Coxa marcou 151 vezes e sofreu 89 gols, com um saldo expressivo de 62 gols. Antes do triunfo em Ponta Grossa, a última vitória do Operário havia sido há quase 25 anos, em 13 de maio de 1990, por 1 a 0, em Ponta Grossa.
Curiosidade
Maior artilheiro da história do Coxa, com 202 gols em jogos oficiais, o atacante Duílio foi revelado pelo Operário. Em 1954, foi vendido ao Coxa. Uma das cláusulas da transação incluía dois amistosos entre os times, com renda líquida para o Fantasma. Logo no primeiro deles, no Germano Krüger, os donos da casa venceram por 4 a 2. Apesar da derrota, os dois gols alviverdes saíram dos pés do jovem Duílio.
Deixe sua opinião