O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), novamente atuou na terça-feira (16)para tentar barrar a representação contra ele no Conselho de Ética. Primeiro protocolou um mandado de segurança no STF alegando cerceamento de defesa. Na reunião do Conselho, colocou a sua “tropa de choque” para atrasar e embaralhar o andamento da representação contra ele, repetindo a estratégia usada durante todo o final do ano passado.
Além do mandado de segurança no STF, dentro do Conselho de Ética foram levantados novos impasses à continuidade da representação, que já tramita há 49 dias, descontados o recesso de final de ano e o feriadão de carnaval. “O processo contra o Luiz Argôlo durou 19 dias, contra o André Vargas foram 20 dias”, comparou o deputado federal Júlio Delgado (PSB-MG).
Cunha mantém força na Câmara enquanto PGR pressiona STF para julgá-lo
Leia a matéria completaAgora, aliados de Cunha sustentam, entre outras coisas, que o aditamento feito pelo PSol na representação deveria gerar novos prazos para a defesa do peemedebista. O aditamento, com novos fatos da Operação Lava Jato, foi feito no início do mês e, por causa disso, o relator da matéria, Marcos Rogério (PDT-RO), pediu 24 horas para analisar o material, se comprometendo a ler seu relatório nesta quarta-feira (17). Mas, aliados de Cunha pedem que a defesa do presidente da Câmara seja ouvida sobre os fatos narrados no aditamento antes da apresentação do relatório e da votação sobre a admissibilidade do documento.
OAB defende saída
O novo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, informou ao Conselho de Ética da Câmara que a entidade defende o afastamento imediato de Eduardo Cunha da presidência da Câmara.
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