Umidade melhora volume da safra canavieira no Centro-Sul. Mas redução de área e fechamento de indústrias são ameaças à produção no longo prazo.| Foto: Foto: Albari Rosa/gazeta Do Povo

Um incremento de 18,6 milhões de toneladas deve ocorrer na colheita da cana-de-açúcar que está começando ante a safra 2014/15. A previsão é da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), que abrange a principal região produtora, o Centro-Sul do país.

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A Unica aponta para 590 milhões de toneladas, 3% mais que em 2014/15, em relatório divulgado nesta quinta-feira (21). Esse volume derruba as projeções de queda na produção e deve resultar em maior oferta de açúcar e etanol.

Colheita 3% maior é apontada também pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que soltou relatório em abril. O incremento deve ser de 17,2 milhões de toneladas no Centro-Sul, considera a estatal. A região passa de 575,4 milhões para 592,7 milhões de toneladas e o país, de 634,8 para 654,6, também com aumento de 3%.

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O crescimento é atribuído a uma produtividade maior, com mais umidade para as plantas ganharem peso. Por redução de área e fechamento de indústrias, a atividade apresentaria forte retração. “A retração na renovação dos canaviais no último ano e o consequente envelhecimento da lavoura devem ser mascarados pelo regime hídrico mais adequado”, afirma o diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues.

De acordo com a Unica, a área de cana de primeiro corte –que tem produtividade maior – representará 14,5% da área total da colheita, menos que os 17,6% de 2014/2015. Dez usinas, que poderiam moer 12,5 milhões de toneladas, devem ser fechadas. Desde 2008, 80 empresas teriam fechado e 67 estariam em recuperação judicial.