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Comércio Exterior

Agronegócio já começa 2017 segurando o superávit na balança comercial

Vendas de soja em grão fpram o grande destaque e subiram 124,7% em janeiro comparado a janeiro do ano passado. | Daniel Castellano / Gazeta do Povo
Vendas de soja em grão fpram o grande destaque e subiram 124,7% em janeiro comparado a janeiro do ano passado. (Foto: Daniel Castellano / Gazeta do Povo)

O Brasil começou 2017 com o pé direito nas vendas de produtos ao exterior. O superávit (diferença entre exportações e importações) das vendas aos estrangeiros foi de US$ 2,725 bilhões - crescimento de 20,6% em relação a janeiro de 2016. O anúncio foi feito pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), nesta quarta-feira (1º).

Segundo o ministério, as exportações de US$ 14,911 bilhões em janeiro, com média diária de US$ 677,8 milhões. Os números representaram crescimento em todos os três grandes grupos de produtos vendidos ao exterior na comparação com o mesmo mês do ano passado.

As vendas de produtos básicos totalizaram US$ 6,787 bilhões, com expansão de 30% ante janeiro de 2016. Nessa comparação, cresceram as vendas de soja em grão (124,7%), minério de ferro (124,5%), petróleo em bruto (97,7%), carne suína (60,2%), carne de frango (23,4%), farelo de soja (15,7%), café em grão (7,8%) e carne bovina (5,1%).

Já os embarques de semimanufaturados cresceram 27,5% em janeiro, para US$ 2,597 bilhões, com destaque para as altas em açúcar em bruto (112,7%), semimanufaturados de ferro e aço (74,4%), madeira serrada (32,8%), ferro-ligas (26%), óleo de soja em bruto (15,8%) e celulose (10,2%).

As vendas de bens manufaturados cresceram 7,4% no mês passado, chegando a US$ 5,123 bilhões. A expansão ocorreu principalmente em óleos combustíveis (271,2%), suco de laranja não congelado (251,2%), veículos de carga (114%), açúcar refinado (66,9%), máquinas para terraplanagem (37%), automóveis de passageiros (34,5%), laminados planos (31,2%), medicamentos (21,7%), pneumáticos (17,5%), bombas e compressores (11,1%), autopeças (7,6%), calçados (6,8%) e motores para veículos e partes (2,8%).

Já do lado das importações, as compras de US$ 12,187 bilhões em janeiro, com média diária de US$ 553,9 milhões, trouxeram crescimentos nas aquisições de bens intermediários (22,8%), combustíveis e lubrificantes (15,8%) e bens de consumo. Já as importações de bens de capital caíram 40,1% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Ainda é prematuro considerar que superávit é tendência, diz diretor do MDIC

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 2,725 bilhões em janeiro. Esse foi o melhor resultado para meses de janeiro desde 2006, quando o superávit comercial chegou a US$ 2,835 bilhões. “Mas ainda é prematuro para considerar superávit de janeiro a tendência do ano. Mantemos uma estimativa de superávit para 2017 em torno do mesmo resultado de 2016, com crescimento tanto nas exportações como nas importações”, avaliou o diretor de Estatística e Apoio à Exportação do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Herlon Brandão.

No mês passado, os preços das exportações aumentaram 20,1%, enquanto o volume vendido cresceu apenas 0,5%. “O alto saldo comercial de janeiro foi influenciado pelo preços das mercadorias, principalmente dos produtos básicos. Há uma melhora significativa nos preços das commodities minerais”, afirmou. O preço do minério de ferro, por exemplo, teve alta de 113,8% na comparação com janeiro do ano passado.

Segundo o diretor, as commodities minerais devem continuar apresentando recuperação no preço em 2017. “Já as commodities agrícolas têm incertezas maiores”, ponderou. O preço da soja em grão, por exemplo, cresceu apenas 6,9% em relação a janeiro de 2016.

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