A economia da Argentina avançou 2,1% em 2015, puxada principalmente pelas exportações agrícolas que contaram com a colheita recorde de soja. O Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) cresceu 0,9% no quarto trimestre e 3,5% no terceiro, informou o Instituito Nacional de Censos e Estatísticas (Indec) nesta quarta-feira. A estimativa mediana entre analistas consultados pela Bloomberg era de contração da atividade econômica de 0,8% no quarto trimestre.
O crescimento do ano passado teve forte impacto das exportações agrícolas, estimuladas principalmente pelo cultivo da soja que alcançou nível recorde de 61,4 milhões de toneladas métricas. O setor agrícola cresceu 6,4% em 2015, enquanto a construção civil avançou 5%, segundo o órgão estatístico argentino.
O governo do presidente Mauricio Macri, que assumiu em dezembro do ano passado, declarou uma “emergência estatística” e prometeu revisar os índices produzidos pelo Indec, afirmando que eles eram imprecisos e manipulados durante a gestão anterior de Cristina Kirchner.
Em junho do ano passado, o Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que a Argentina ainda não está em concordância integral na relação de dados e ampliou o prazo para cumprir tal exigência em um ano de modo que o governo possa solucionar inconsistências relacionadas aos índices de inflação e do PIB.