A Comissão Europeia propôs nesta quarta-feira estender a autorização do glifosato, cuja autorização foi bloqueada pelos Estados membros, por um período de entre 12 e 18 meses.
A União Europeia (UE) deve decidir se renova a autorização do uso do glifosato, substância ativa utilizada nos herbicidas, que expirou em 30 de junho.
Na semana passada, a Comissão Europeia, que propunha renovar a autorização por 9 anos, desistiu de submeter à votação sua proposta diante da indefinição dos Estados membros.
O comitê de especialistas que deve decidir o futuro do glifosato, amplamente utilizado pela indústria agrícola, composto por representantes dos 28 países da UE, voltará a se reunir no dia 6 de junho.
Diante do bloqueio da situação e da reunião de 6 de junho, a Comissão propôs essa “prolongação técnica”.
Este prazo permitiria à ECHA (a Agência Europeia de Substâncias e Misturas Químicas) publicar novos estudos sobre os impactos do glifosato na saúde humana.
A França insiste que não pode decidir a autorização antes que a ECHA publique novos estudos. A Alemanha, por sua vez, não se posicionou nas últimas reuniões.
Os estudos sobre as consequências do glifosato divergem. A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) julgou como improvável que o glifosato seja cancerígeno.
Um estudo conjunto recente da OMS e da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), estima, por sua vez, como pouco provável que o glifosato seja cancerígeno “nos humanos expostos através da alimentação”.
O uso de herbicidas que contêm glifosato se generalizou rapidamente desde que saiu ao mercado, na década de 1970. Com o desenvolvimento de cultivos transgênicos resistentes a esta substância, como a soja RR (Roundup Ready) da Monsanto, seu uso se disseminou ainda mais.
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