A seringueira ainda é uma cultura pouco explorada no Paraná, apesar dos bons índices de rendimento. O processo de início da atividade é simples e não demanda muito trabalho técnico.
Terreno e clima
A árvore precisa de um solo pouco compacto. A raiz irá crescer para um metro de profundidade. O clima ideal é o calor, tanto para ajudar no crescimento da planta como para boa qualidade da seiva, que é o látex. Esse é o motivo das florestas de seringueira estarem na região Norte e Noroeste do estado.
Mudas
A qualidade da muda é fundamental para o sucesso do negócio. Não é qualquer espécie que pode ser utilizada no Paraná. A Emater e o Iapar desenvolveram quatro clones específicos para o estado: RRIM 600, GT 1, IAN 873 e PB 235, que serão produzidos em escala pelos órgãos.
Maturação
Ao contrário do eucalypto e pinus, a seringueira não exige cuidados específicos como a poda. No geral, a partir do sétimo ano pode começar a extração do látex. Se o produtor optar pelo consórcio, a sangria pode começar logo no quinto ano.
Extração
Cada árvore gera, aproximadamente, 750 gramas de látex por mês. A sangria deve ser feita a cada quatro dias, durante 10 meses do ano – a atividade é interrompida durante dois meses para descanso da planta. Em média, é preciso trabalhar três horas por dia em cada hectare. A atividade é garantia de renda durante, no mínimo, 30 anos.
Mercado
A produção de látex tem comprador certo. Atualmente, o Brasil produz apenas 30% do que consume. O principal produtor nacional é São Paulo, seguido por Minas Gerais. O Paraná não aparece entre os principais. No cenário internacional, a Malásia é o maior produtor e responsável por abastecer parte do mercado mundial, inclusive muitas das fábricas instalados no Brasil.