Em 2017, a C.Vale está concentrando seus investimentos na área industrial. A cooperativa está aplicando R$ 110 milhões na construção de um frigorífico para peixes que deve entrar em operação até o final do ano. Outra meta é ampliar a produção de frangos das atuais 460 mil para 520 mil aves/dia. Para os dois empreendimentos, a C.Vale está contratando mais 1.100 funcionários, sendo 700 para o abatedouro de frangos e 400 para o frigorífico de peixes. O processo de seleção já está aberto e tem atraído candidatos de todo o Brasil.
Segundo o presidente da cooperativa, Alfredo Lang, apesar das turbulências políticas e econômicas, a C.Vale conseguiu ampliar seu faturamento em 24% no ano passado, alcançando R$ 6,8 bilhões. Ele observou que o fato da cooperativa atuar com uma gama diversificada de produtos permite que os segmentos com melhor desempenho amenizem as dificuldades de outros setores. Lang argumentou que a diversificação de atividades e a agroindustrialização são os pilares da sustentabilidade da C.Vale. “Esta é a fórmula que permite à cooperativa crescer, gerar novos postos de trabalho e movimentar a economia de toda região”, enfatiza o executivo.
Contratados
As oportunidades de emprego têm atraído candidatos de todas as regiões do país. Embora a maioria das vagas seja para a indústria, alguns funcionários estão sendo contratados para unidades de grãos, como foi o caso do Guilherme Boreggio Ratiel, de 23 anos. Há pouco mais de um mês está trabalhando na área financeira da unidade de Itaporã, no Mato Grosso do Sul. Nascido e criado na região, diz que assim que viu a vaga, cadastrou o currículo no site. “É uma empresa grande, com estabilidade e que oferece oportunidades de crescimento”, diz Guilherme que no próximo mês se forma em contabilidade.
Raysa de Oliveira, de apenas 18 anos largou família e amigos em Campo Grande (MS) por uma justa causa. “Vim atrás do meu sonho, do meu primeiro emprego com carteira assinada”, explica a jovem já revelando que a irmã, de 21 anos, Kerllyn, também acabou de ser efetivada no abatedouro de frango. “Agora vamos morar juntas, retomar os estudos e crescer com a empresa”. Raysa soube da vaga através de uma colega que trabalho.
Já Maxmiliano Lopes Silva, de 40 anos, não pensou duas vezes em sair do Rio de Janeiro para trabalhar como técnico mecânico no abatedouro. “Estava desempregado há um ano e meio. Não pensei duas vezes quando meu currículo foi aprovado. Agronegócio é terra e não acaba nunca, sem contar que a C.Vale é uma empresa com alta tecnologia e segura”, afirma. A ideia, segundo Max, é trazer a família para o interior. “Quero dar segurança, vida para minhas filhas. O mar aqui é verde de plantas, de fartura”, brinca o novo funcionário.