Nem todos os restos orgânicos podem ser usados na compostagem.| Foto: Pixabay/Creative Commons

A cena é típica. Casca de fruta, folhas de alface que já passaram do ponto, pedaço de tomate que sobrou. Tudo “entupindo” a lixeira e, sem saber direito o que fazer com os restos, se pode usar ou não como adubo na horta da varanda, acaba jogando a sacolinha fora mesmo.

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Mas não precisa ser sim. Bruno José Esperança, diretor geral da Esalflores, de Curitiba, de Curitiba, uma das maiores empresas do setor no país, ensina como aproveitar o lixo da cozinha para fazer fertilizante natural, por meio do processo de compostagem, sem sair de casa. E o melhor, deixar sua horta ou jardim muito mais vistosos e saudáveis.

Você vai precisar de:

- 3 caixas plásticas escuras, com aproximadamente 30 cm de profundidade (uma delas com tampa);

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- Folhas secas;

- Galhos pequenos (ou serragem);

- Cerca de 100 minhocas;

- Resíduos de alimentos (mas atenção! Nem todos os restos orgânicos podem ser usados na compostagem. Lixo comum, restos de carne, laticínios e óleos não são indicados. Use restos de verduras e legumes, cascas de fruta, borras de café, cascas de ovo e serragem).

Como montar a composteira:

- As caixas são empilhadas em três níveis. Nas duas superiores é que a compostagem vai acontecer. Elas devem ter pequenos furos no fundo (com aproximadamente 1 cm cada em intervalos de 5 cm), que serão responsáveis pela comunicação entre uma caixa e outra.

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- A última caixa vai servir apenas para coletar o resíduo líquido orgânico (que é um tipo de chorume, mas é totalmente limpo, diferentemente daquele dos aterros sanitários). Você pode instalar uma torneira, para facilitar na hora de retirar o excesso de líquido.

- O primeiro passo é forrar o fundo da caixa superior com as folhas secas e pequenos galhos ou serragem. Essa primeira camada vai funcionar como dreno para a composteira. Em seguida, coloque a terra com as minhocas e, logo acima, os resíduos orgânicos. É importante que eles sejam totalmente cobertos com mais uma camada de folhas secas (ou serragem grossa) para contribuir com a oxigenação.

- Depois, é só fechar a caixa e ir depositando os resíduos todos os dias, até que ela seja totalmente preenchida. Quando isso acontecer, basta passar a caixa cheia para baixo (ela vai ficar descansando, enquanto o húmus é formado) e subir a intermediária, que, lá no início do processo, também tem que ser forrada com folhas, galhos e terra. Não é necessário colocar mais minhocas, porque naturalmente elas vão passar pelos furos no fundo da caixa, em busca dos resíduos frescos.

- Depois de três meses, já é possível coletar o húmus da caixa que ficou “em repouso”, usando-o como adubo. Já o chorume orgânico, rico em nutrientes, pode ser diluído e utilizado para regar plantas e hortas.

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O que é compostagem:

A compostagem é o processo de reaproveitamento da matéria orgânica encontrada no lixo, transformando-a numa fonte de nutrientes, que, quando misturada à terra, funciona como fertilizante. A técnica muito utilizada em grande escala na agricultura também pode ser reproduzida domesticamente e aplicada em plantas, hortas e jardins.

A compostagem permite que restos de alimentos e outros tipos de sobras orgânicas sejam reaproveitadas contribuindo com a diminuição do volume de compostos descartados em lixões. Além de diminuir a dependência de fertilizantes sintéticos.