Em 15 grãos, o Brasil vai atingir 202,18 milhões de toneladas, previu na manhã desta sexta-feira (09) a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em seu 4.º levantamento da temporada 2014/15, divulgado pela nova ministra da Agricultura, Kátia Abreu. O volume é 4,5% superior à safra passada, o que representa 8,75 milhões de toneladas a mais do que o registrado anteriormente.
O volume de 202 milhões de toneladas coincide com a projeção da Expedição Safra Gazeta do Povo, lançada em dezembro. O projeto faz monitoramento da safra de soja e milho e percorre 60 mil quilômetros pelas regiões agrícolas do Brasil.
Houve elevação da projeção ante o 3º levantamento, divulgado um mês atrás. A soja passou de 95,8 milhões para 95,9 milhões de toneladas. Mesmo pequeno, esse ajuste confirma condições climáticas favoráveis para a principal cultura, que sustenta a marca de 202 milhões de toneladas de grãos.
Em relação a 2013/14, o incremento é de 11,4%, o que equivale a um acréscimo de 9,79 milhões de toneladas. A Conab avalia que, apesar do atraso do início das chuvas, o que afetou o começo do plantio, a lavoura está apresentando bom desenvolvimento.
O levantamento assume quebra no trigo, que teve chuva em excesso em setembro no Rio Grande do Sul e parte do Paraná. A produção estimada no início da safra em 7,7 milhões de toneladas caiu para 5,9 milhões.
A expectativa para o milho é de uma queda de 1,1%, deixando a produção próxima da estabilidade. Enquanto que na safra anterior foram colhidas 79,9 milhões de toneladas, para esta temporada (verão e inverno) espera-se que a produção chegue a 79 milhões de t.
A área destinada ao plantio de grãos cresce de 56,98 milhões para 57,8 milhões de hectares. A diferença representa uma alta de 1,3%, o que equivale a um acréscimo de aproximadamente 766 mil hectares, puxado pela soja. A oleaginosa registra crescimento de 4,8%, passando de 30,1 para 31,6 milhões de hectares, conforme a Conab, com avanço sobre milho e feijão 1.ª safra.
A Conab fez a pesquisa entre os dias 14 e 20 de dezembro. Durante o estudo, foram levantadas informações de área plantada, produção estimada, produtividade média estimada, evolução do desenvolvimento das culturas, pacote tecnológico utilizado pelos produtores, evolução da colheita, entre outras variáveis. O trabalho ocorre em parceria da Conab com agrônomos, técnicos do IBGE, de cooperativas, secretarias de agricultura, órgãos de assistência técnica e extensão rural (oficiais e privados), agentes financeiros e revendedores de insumos, que subsidiam os técnicos da estatal com informações pertinentes aos levantamentos.
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