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A entidade declarou que tem a obrigação de “expressar as preocupações dos produtores rurais diante das graves dificuldades que vive o País”. | Marcelo Camargo/Agência Brasil
A entidade declarou que tem a obrigação de “expressar as preocupações dos produtores rurais diante das graves dificuldades que vive o País”.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Sem citar a presidente Dilma Rousseff ou ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve assumir a Casa Civil na próxima terça-feira, dia 22, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgou uma nota intitulada “Contra a irresponsabilidade política e as soluções casuísticas”.

O comunicado foi divulgado minutos depois de o Palácio do Planalto confirmar Lula como ministro. A entidade declarou que tem a obrigação de “expressar as preocupações dos produtores rurais diante das graves dificuldades que vive o País”.

Na nota, a CNA afirmou que o agronegócio é o único segmento da economia brasileira a apresentar crescimento e a mostrar desempenho superavitário na balança comercial e, diante disso, “o setor se credencia a alertar para o desastre iminente”.

O comunicado criticou a política econômica e disse que o Brasil está em “profunda recessão em virtude de reiterados erros de concepção e condução de política econômica”. A entidade disse ainda que o preço por estes erros está sendo pago com muito sacrifício pelo setor produtivo e pelos trabalhadores.

Para a CNA, nada está sendo feito para corrigir os problemas da economia. “A irresponsabilidade política e as soluções casuísticas parecem aspirar apenas à própria sobrevivência, sem mais nenhum propósito de resolver os verdadeiros problemas do País e das pessoas”, disse a entidade no comunicado.

O Executivo é citado apenas no quarto parágrafo do documento, quando a CNA afirma que o “governo é parte central do nosso drama”. Por possuir os instrumentos de política econômica, que no entender da CNA podem tirar o Brasil da crise, o governo deve à Nação, segundo a entidade, o fim desse período turbulento.

“Repudiamos qualquer movimentação social que acirre os ânimos e gere violência”, garantiu a entidade. “Esperamos que as instituições e o sistema político, em sintonia com o sentimento geral da sociedade, encontrem o caminho de volta ao crescimento, ao equilíbrio e à harmonia entre os brasileiros”, concluiu.

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