Uma massa de ar frio avança pelo Paraná e vai provocar uma nova onda de geada a partir desta quinta-feira (07) em áreas mais altas do Centro-Sul do estado. Na sexta-feira (08), a geada atinge Curitiba e Região Metropolitana, além do Sudoeste e parte da região Oeste. Apesar do fenômeno não ser tão intenso quanto o registrado no último mês, haverá um declínio acentuado das temperaturas.
De acordo com o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Luis Renato Lazinski, a frente fria é fraca e passageira. “Na quinta, a geada vai atingir as áreas mais altas do Centro-Sul. Na sexta, o evento será mais generalizado, com exceção do litoral e a região Norte do estado”, afirma Lazinski. Segundo o Simepar, há registro de geada de intensidade moderada para a região de Palmas, Pato Branco, Laranjeiras do Sul e União da Vitória na sexta-feira.
Chuvas
Para o analista de milho do Departamento de Economia Rural (Deral), Edmar Gervásio, a maior preocupação no momento é a chuva que já paralisou o andamento da colheita da segunda safra de milho. “As atividades de campo estão paradas desde o início da semana, especialmente no Oeste do estado”, afirma. Segundo ele, os 19% do cereal em floração, suscetíveis à geada, estão concentrados no Norte e por isso não devem ser afetados. “Mesmo as últimas geadas não tiveram estragos tão significativos. As de agora não devem preocupar”. Até segunda-feira (04), 28% do milho havia sido colhido.
A estimativa inicial da segunda safra de milho era de 12,9 milhões de toneladas, mas foi revista para baixo devido às perdas causadas pela estiagem e a geada. De acordo com o Deral, a produção deve ficar entre 11,3 e 11,4 milhões de toneladas. Apesar da diminuição, a expectativa ainda é boa.
Para o trigo, com mais de 95% da área plantada, a ocorrência de geada e as chuvas também não causam problemas. “A previsão de geada está mais para o Sul e lá as lavouras estão em desenvolvimento vegetativo. A preocupação seria os 3% do trigo que estão mais adiantados no Norte do Paraná e um pouco no sudoeste”, afirma o analista de trigo do Deral, Hugo Godinho.
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