Um grupo de jovens filhos de produtores rurais fez protesto nesta quarta-feira (02) em Candói, na região central do Paraná, contra medidas do governo do estado que levam ao fechamento de cursos e de Casas Familiares Rurais -- entidades que funcionam como escolas. O governo do estado informou ter voltado atrás em relação ao corte brusco de repasses, mas segundo os estudantes o plano de fechamento das casas persiste.
O protesto ocorreu durante conferência de estudantes do programa, que permite aos filhos de pequenos e médios produtores desenvolverem projetos de empreendedorismo e frequentarem aulas direcionadas à atividade rural em vez de cursarem o ensino médio comum. Os cursos funcionam com professores pagos pelo governo do estado, que estaria chamando os estudantes para escolas regulares para reduzir despesas.
Os estudantes resolveram ir para a rodovia, em frente à Casa Familiar Rural de Candói, alegando que a entidade de Pinhão, na mesma região, não está mais oferecendo matrícula para o 1º ano. Com isso, o curso deixa de existir em três anos.
A Casa Familiar Rural de Pinhão informa que não deve abrir o 1.º ano do curso de ensino médio direcionado a produtores rurais a partir de 2016, apesar de haver demanda. E que a última turma deve se formar em 2017.
O governo do estado é o principal colaborador das Casas Familiares Rurais, mas não é o gestor das entidades, comandadas por associações monitoradas pela Secretaria de Estado da Educação. Além da falta de recursos públicos, o governo do Paraná teria identificado problemas nas prestações de contas.