A área ocupada pela floresta de seringueira pode render um dinheiro extra caso o produtor opte pelo consórcio de culturas. Como o espaçamento entre as árvore é considerado grande – 8 metros por 2,5 metros –, outros cultivos de menor porte, como café, mandioca ou até o abacaxi, podem ser plantados nos espaços abertos.

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“É uma receita adicional. Inclusive, ajuda o produtor nos primeiros anos até começar a extração das seringueiras”, lembra Ildefonso José Haas, coordenador regional de agricultura da Emater Londrina.

Além da renda extra, o consórcio traz vantagens no crescimento das seringueiras. O resíduo do fertilizante utilizado na cultura paralela adianta a formação da árvore e, consequentemente, antecipa a extração do látex. “A produção começa já no quinto ano”, garante Camilo Mendes Junior, engenheiro florestal da Seab.

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A manutenção de outra cultura também ajuda a manter o solo limpo de capim e reduz o custo com mão de obra, que seria necessária para limpeza do terreno.

De quebra, as seringueiras funcionam como barreiras de vento das culturas associadas e melhora a estrutura dos solos, protegendo-os da erosão e do assoreamento. Essa alternativa tende a ganhar adeptos especialmente no Noroeste do Paraná, na região do Arenito Caiuá, que tem solos arenosos, baixo teor de nutrientes e suscetíveis à erosão, mas onde a integração de cultivos tem funcionado bem. Mais de 70% do território ainda é ocupado por pastos.

8 metros é a distância média entre uma linha de seringueiras e outra. Entre as plantas, o espaçamento é menor, de 2,5 metros, conforme recomendação de técnicos.