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Apesar do rendimento e da expansão recente, a erva-mate está longe de ganhar a importância econômica que tinha no século passado no Paraná. “Não temos área. A erva é uma espécie chave para recomposição da Reserva Legal, pois é nativa. Mas, como tem muitas mudanças no novo Código Florestal, ainda não temos como estabelecer uma política pública. É cedo pra colocar isso a campo”, avalia a engenheira florestal da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Roseane Dorneles.

Ela lembra, no entanto, que os consumidores devem manter sua tradição no produto. “O mercado é garantido e tradicional. Não só no uso de chimarrão, mas também há uma retomada nas exportações de chás, especialmente para o Japão”, diz.

Com um Valor Bruto da Produção (VBP) em mais de R$ 140 milhões em 2011, a erva-mate tem participação inferior a 1% do que é gerado “dentro das porteiras do estado”. Mas com o aumento nos preços médios de venda, seu desempenho econômico tende a ser mais expressivo neste ano.

“O chimarrão está virando um produto de luxo”, afirma o gaúcho Flávio Both, que é vizinho de campos de erva-mate em Três Arroios (RS). Ele conta que dificilmente encontra-se uma boa erva por menos de R$ 8 o quilo. Nem por isso, deixa de lado o hábito de reunir a família perto do fogão à lenha para uma rodada e uma boa conversa.

6 anos são necessários para que o produtor de erva-mate recupere o investimento inicial e entre na linha de R$ 2 mil de gastos e R$ 9 mil de renda por hectare ao ano.

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