Maior carteira agrícola do Branco do Brasil em todo o país, o Paraná deve receber cerca de 18% do valor total destinado ao crédito rural, segundo o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Norberto Ortigara. Para a safra 2016/17, o BB vai destinar R$ 185 bilhões de crédito aos produtores rurais. Esse valor está abaixo do montante anunciado em maio, de R$ 202,88 bilhões para o Plano Agrícola e Pecuário, reflexo do redimensionamento da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), que terá em torno de R$ 10 bilhões à taxa controlada de 12,75% ao ano.
“Do valor total destinado ao crédito rural, em média 18% devem vir para o Paraná, que tem a maior carteira agrícola do Banco do Brasil no país”, destacou Ortigara. Na avaliação do secretario, os recursos são suficientes, considerando o momento de crise econômica. “É importante lembrar que o crédito seja bem planejado, com pé no chão, por parte do agricultor, pois vivemos um ambiente de inflação em elevação”.
Para o plantio da nova safra no Paraná, Ortigara destaca que deve haver um crescimento na área de soja, milho e feijão. “Do ponto de vista agronômico é preocupante o aumento da soja, mas entendemos a decisão do agricultor, que racionalmente vai optar pelo grão que está rendendo mais, que é o caso da soja”. Não deve haver alteração significativa em termos de área total a ser plantada na safra 2016/2017 no Paraná.
De acordo com o presidente do Banco do Brasil, Paulo Cafarelli, o banco financiará R$ 91 bilhões para produtores rurais e cooperativas. Deste total, R$ 71,1 bilhões referem-se a operações de custeio e comercialização e R$ 19,9 bilhões são para créditos de investimento agropecuário. Segundo Cafarelli, o banco é responsável por 61% do crédito agropecuário no país.
Para o secretário de Política Agrícola do Ministério, Neri Geller, a expectativa da nova safra é favorável. “O Brasil vai colher mais de 200 milhões de toneladas de grãos. As cotações no mercado internacional estão aquecidos, há previsão de preços remuneradores e os recursos programados são significativos.”
Agricultura Familiar
O Plano Safra da Agricultura Familiar 2016/2017 terá um volume recorde de crédito, R$ 30 bilhões. Segundo José Ricardo Ramos, da Secretaria Especial da Agricultura Familiar , do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o valor é 40% maior do que o que foi investido no ano passado. Os agricultores familiares também contarão com juros ainda mais baixos para investir na produção. É o caso de quem cultiva alimentos que integram a cesta básica do brasileiro, como o arroz, o feijão, o milho e o leite. Para esses produtos, os juros de custeio recuaram de 5,5% para 2,5% ao ano.
Produtos da agricultura familiar podem levar estampados nas embalagens a identificação que atesta a origem do que o consumidor está levando para casa. Criado em 2009 pelo Governo Federal, o Selo de Identificação da Participação da Agricultura Familiar (Sipaf) oferece visibilidade a empresas e empreendimentos que promovem a inclusão econômica e social dessas famílias. Atualmente, a identificação beneficia cerca de 110 mil agricultores familiares no Brasil.
O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) financia projetos individuais ou coletivos, que geram renda aos agricultores familiares. O acesso a ele começa com a decisão da família em adquirir o crédito ¨C que pode ser destinado ao custeio da safra, atividade agroindustrial, investimento em máquinas, equipamentos ou infraestrutura de produção e serviços agropecuários ou não agropecuários.
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