A forte aceleração do grupo Alimentação no Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da primeira leitura de julho traz alerta para a inflação oficial fechada deste mês. Na primeira quadrissemana de julho - últimos 30 dias terminados na quinta-feira (07), o grupo teve alta de 0,82%, após alta de 0,07% no fechamento de junho.
Além de já estar sendo influenciado pelo encarecimento de itens como feijão e leite, o economista ressalta que o tomate, que tinha caído 5,00% no fim de maio, teve alta de 3,71% na primeira leitura de julho. O exemplo mais “dramático”, segundo o coordenador do IPC-S, da Fundação Getulio Vargas (FGV), Paulo Picchetti, é o feijão carioca, que subiu 47,37% no período, enquanto o leite longa vida teve variação de 13,09%. “A julgar pelo comportamento do ponta (pesquisas recentes), feijão, leite e tomate vão continuar pressionando nas próximas semanas”, adiantou.
De acordo com o economista, a oferta de alguns produtos pode continuar prejudicada no médio prazo, já que as perspectivas para safra não são das melhores. Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de junho estima uma safra de 191,8 milhões de toneladas em 2016. A estimativa representa um recuo de 8,4% em relação à produção de 2015, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Traz uma sinalização desfavorável não só de curto prazo, mas de médio também. Pode ser que atrapalhe a perspectiva de desaceleração da inflação este ano”, disse.
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