Os produtores rurais brasileiros diminuíram o ritmo da tomada de empréstimos do Plano Safra em 2016/17, anunciou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Em balanço divulgado nesta terça-feira (09) o órgão revelou que nos 10 meses do ciclo atual (que se encerram em junho) foram utilizados R$ 104,5 bilhões, ante R$ 110,5 bilhões no mesmo período da safra 2015/16. A diferença de R$ 6 bilhões representa pouco mais de 5% de queda.
O balanço se refere aos grandes e médios produtores rurais que tomaram empréstimos por meio do crédito oficial. Esse total de R$ 104,5 bilhões representa 57% do total dos recursos programados para financiamentos de custeio, comercialização e investimento no Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2016/2017 – R$ 183,85 bilhões.
O valor emprestado em custeio e comercialização da agricultura empresarial fechou em R$ 84,3 bilhões. Desse total, R$ 65,3 bilhões foram contratados a juros controlados e R$ 19 bilhões em financiamentos a juros livres.
Já o crédito de investimento somou R$ 20,2 bilhões. Aquisição de máquinas e implementos agrícolas foi o segmento com incremento mais significativo na atual safra, com a contratação de R$ 6,2 bilhões de julho de 2016 a abril deste ano. No mesmo período do ciclo anterior tinham sido R$ 3,6 bilhões do ciclo anterior (julho de 15 a abril de 16).
Ainda de acordo com o Mapa, as contratações de crédito rural com recursos provenientes da emissão da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) totalizaram R$ 14 bilhões contra R$ 10,2 bilhões do período passado.