Lentilha, arroz, peru, chester, peixe, leitão, espumante, vinho... Tem gente que ganha uns quilinhos apenas de ler a lista de opções de bebidas e alimentos para as festas de fim de ano. Mas para ajudar a rebater a farra gastronômica das ceias fartas, as frutas natalinas são excelentes opções nutritivas. E não é só isso, elas também dão cor às decorações natalinas e de passagem de ano. E para os supersticiosos, dão aquela forcinha com algumas simpatias.
O Agronegócio da Gazeta do Povo elaborou uma lista com as frutas mais indicadas para o fim de ano. Saiba onde e como são produzidas. E se a ideia for não gastar muito, também damos uma ajudinha mostrando quanto está custando cada uma.
Cereja
O Brasil não produz a fruta em escala comercial por causa do clima. O cultivo da árvore cerejeira exige frio e, por isso, países com climas mais temperados têm mais sucesso. Os principais produtores são os países europeus, Estados Unidos, Japão, Chile, Argentina e Canadá. A fruta encontrada nos supermercados brasileiros no fim de ano é importada, principalmente, do Chile e da Argentina. A fruta é rica em vitamina A e C e possuí ação antioxidante e anti-inflamatória.
Preço médio no Ceasa de Curitiba: R$ 120 a caixa com 4 kg.
Uva
O Brasil produz 1,4 milhão de toneladas de uvas, de mais de 30 variedades. Cerca de 1 milhão de toneladas são utilizadas para fabricação de sucos, vinhos e espumantes, o restante é consumido. Atualmente, em volume, o ranking da produção é liderado por Rio Grande do Sul, com 880 mil toneladas. O Paraná, com 80 mil toneladas, é o quarto, atrás de Pernambuco e São Paulo. O pé de uva é chamado de videira, parreira ou vinha. O melhor desenvolvimento da videira ocorre em regiões de clima mediterrâneo. Apesar disso, adapta-se a diferentes condições climáticas. A época recomendada ao cultivo é de outubro a dezembro. As uvas são ricas em vitamina C e B, além de magnésio, enxofre, ferro, cálcio e fósforo.
Preço médio no Ceasa de Curitiba: entre R$ 35 e R$ 48 a caixa com 8 kg.
Abacaxi
Comum nas regiões tropicais e subtropicais do planeta, o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de abacaxi, com 2,5 milhões de toneladas por ano. A principal variedade da fruta cultivada por aqui é a Pérola, em que a polpa apresenta a cor amarela e chega a pesar 2,5 kg. A produção brasileira de abacaxi se concentra na região Norte e Nordeste do Brasil. Ao todo, são mais de 65 mil hectares dedicados ao fruto. O Pará é atualmente o maior produtor nacional. Também conhecido como ananás, os abacaxizeiro produzem o ano inteiro, mas o pico de colheita é entre dezembro e fevereiro. O abacaxi é rico em vitaminas A, B1 e C, potássio e cálcio.
Preço médio no Ceasa de Curitiba: R$ 4,37 a un com 2,5 kg.
Pêssego
O Brasil produz cerca de 215 mil toneladas de pêssego por ano, bem abaixo dos maiores produtores mundiais, como China, Itália, Espanha e dos vizinhos Argentina e Chile. No país, a produção está concentrada no Sul e no Sudeste, Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Paraná lideram o ranking. O pêssego é uma fruta sazonal, que produz somente em alguns meses do ano, dependendo da região. O fruto consumido nas festas de fim de ano vem do Sul do país ou da Argentina, onde as colheitas acontecem de novembro a janeiro. No Paraná, o polo produtor é Irati. Rico em vitamina A e C, a fruta também carrega potássio, fósforo, ferro e zinco.
Preço médio no Ceasa de Curitiba: R$ 25 a caixa com 10 kg.
Lichia
Com cerca de 500 mil hectares de lichieira, a China apresenta a maior e mais barata produção da fruta no mundo, que também é produzida em escala na em alguns países asiáticos, além de México e Estados Unidos. No Brasil, a frutinha também ganhou espaço. O Paraná, por exemplo, produz 2,1 mil toneladas em 225 hectares, metade em Carlópolis, no Norte Pioneiro. O estado consumiu 10 toneladas da fruta, que tem a colheita concentrada entre dezembro e janeiro. A lichia é fruto da lichieira, uma planta subtropical de grande porte, com altura de 10 a 15 m, semelhante à mangueira, que começa a produzir entre o terceiro e o quinto ano após o plantio. A fruta é fonte de vitamina B2 e B6.
Preço médio no Ceasa de Curitiba: R$ 20 a caixa com 3 kg.
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