| Foto: JULIETTE MICHEL/AFP

A Bayer está determinada a defender até as últimas instâncias seu herbicida Roundup e reafirmou a investidores que os US$ 63 bilhões despendidos na compra da Monsanto vão impulsionar a base de negócios da multinacional.

CARREGANDO :)

As ações da Bayer subiram 2,7% em Frankfurt, na semana passada, logo depois de a companhia divulgar um Ebtida (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de US$ 2,47 bilhões, bem acima do que o mercado esperava.

A Bayer reafirmou que os lucros e as vendas vão crescer neste ano, apesar das dificuldades de suas divisões voltadas à saúde do consumidor e à criação e saúde animal. O presidente da empresa, Werner Baumann, defendeu o glifosato, ingrediente essencial do Roundup, mesmo depois de um juiz, no mês passado, ter mantido o veredito que associou o herbicida ao câncer de um jardineiro, em estado terminal. Baumann afirmou que a segurança do glifosato está comprovada por mais de 800 estudos científicos.

Publicidade

“Decidimos nos defender de todas as formas possíveis, porque o glifosato é completamente seguro e um ótimo produto, quando usado adequadamente”, disse Baumann numa entrevista coletiva.

O número de processos judiciais contra o Roundup já chega a 9300, segundo a empresa alemã com sede em Leverkusen. Incertezas sobre eventuais condenações abalaram o valor das ações da Bayer.

As vendas da divisão agrícola da Bayer, no entanto, aumentarm 84% no último trimestre, impulsionadas pela incorporação da Monsanto. O novo mix de negócios teve boa arrancada, com desempenho bem melhor do que outras unidades agrícolas da Bayer, segundo o analista Gunther Zechmann, da Sanford C. Bernstein & Co, escreveu em relatório a clientes.

Embora a Bayer espere atingir as previsões de lucros para este ano, as unidades de saúde animal e saúde dos consumidores podem não atingir as metas, disse a empresa. Esse desempenho abaixo do esperado, no entanto, não muda os planos já traçados, assegurou a direção da Bayer.

Publicidade