Depois de três vitórias consecutivas, o Paraná perdeu o posto de ‘Rei da Soja’ para um agricultor de Buri, uma pequena cidade no interior de São Paulo. João Carlos da Cruz venceu, nesta quarta-feira (29), o Desafio de Máxima Produtividade da Soja, realizado pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB), na sede da Cocamar, em Maringá, no Noroeste do estado.
Nesta edição, o agricultor paulista apresentou uma produtividade de 120,07 sacas de soja ou 7.280 quilos por hectare. O resultado da área de 10 hectares que o produtor inscreveu no concurso é mais do que o dobro do rendimento médio nacional da produção de soja.
Apesar dos números expressivos, o resultado ficou bem abaixo do registrado no ano passado, quando um paranaense de Ponta Grossa, Alisson Alceu Hilgenberg, produziu 141,79 sacas ou 8.507,4 quilos por hectare. Neste ano, Hilgenberg também competiu, mas ficou com a segunda colocação, com 114,85 sacas por hectare.
Ao todo, o Comitê Estratégico Soja Brasil recebeu inscrições de 4.400 áreas do país inteiro. Para chegar ao resultado, foram realizadas mais de 200 auditorias. O concurso é dividido em duas categorias: soja irrigada e não irrigada. Para concorrer o agricultor inscreve uma área que corresponda de cinco a dez hectares, que não seja Área de Preservação Permanente (APP) e que siga boas práticas agrícolas, além da legislação trabalhista.
De acordo com o presidente do Cesb, Nery Ribas, o principal insumo do produtor é o entusiasmo e a vontade de superar desafios. “A convergência de vários fatores garantiu resultados”, disse. Sobre a menor produtividade, em relação aos anos anteriores, Ribas citou os fenômenos climáticos.