O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) espera que a produção de soja no Brasil alcance 107 milhões de toneladas, queda de 6,1% em relação à 2016/17, segundo relatório divulgado na terça-feira, 10. Para a área plantada, são estimados 34,7 milhões de hectares, incremento de 2,4% ante os 34 milhões de hectares cultivados no ciclo anterior. As chuvas ocorridas no Centro-Oeste e Sul do País, a partir da última semana de setembro, foram o gatilho para os trabalhos do plantio de verão.
De acordo com o órgão, o recuo na produção decorre de previsões de rendimento médio muito inferiores ao verificado na safra passada, no entanto, a oleaginosa continua a ser a melhor opção para a primeira safra dos brasileiros, devido à rentabilidade e à demanda dos mercados interno e externo.
A China tem sido um importante motor de consumo no âmbito global, visto que o ritmo de compras chinesas ao longo do ano impediu grandes quedas do grão na Bolsa de Chicago, mesmo diante de recordes nas colheitas do Brasil e dos Estados Unidos.
Sobre os custos de produção, o USDA destaca que a temporada de 2017/18 deve ter despesas de 6% a 10% menores que as da safra passada.
“A apreciação do real no momento em que os produtores adquiriram seus insumos permitiu a formação de maiores estoques de fertilizantes e herbicidas em portos brasileiros”, diz o relatório.
Em Mato Grosso, por exemplo, o principal estado produtor do País, o custo de produção deverá ser 6,8% mais baixo que o do ano passado. Estima-se que só os preços dos fertilizantes e herbicidas no Mato Grosso tenham recuado 13,5% e 11,5%, respectivamente.