A Bolsa de Comércio de Rosario reduziu a estimativa de produção de soja na safra 2017/18 da Argentina para 37,03 milhões de toneladas. Até março, a previsão era de 40 milhões de toneladas. A previsão inicial, em outubro do ano passado, era 57 milhões de toneladas.
Segundo a bolsa, a seca em março aumentou em duração e intensidade sobre a região pampeana. Ocorreram precipitações na segunda quinzena do mês passado, mas só sobre o litoral argentino e a costa da província de Buenos Aires.
A projeção de safra de milho do país foi mantida em 32 milhões de toneladas. Por causa da extensão geográfica atingida e da duração, “esta foi a pior seca que a Argentina sofreu nos últimos 50 anos”, disse a bolsa.
A entidade disse que a província de Córdoba teve redução de 1,3 milhão de toneladas em relação ao estimado no mês passado. Em Buenos Aires, o corte foi de quase 700 mil toneladas; em Santa Fe, em torno de 400 mil toneladas, e, em Entre Rios, de cerca de 300 mil toneladas. No norte do país, as chuvas falharam nas áreas produtoras, e a previsão de produção foi reduzida em mais de 400 mil toneladas.
Segundo a entidade, 28% da área de soja está colhida, muito acima dos 8% de igual período do ano passado. O avanço da colheita indica perdas em Entre Rios, no norte e centro de Santa Fe, oeste de Córdoba e são estimados prejuízos também na soja plantada em segunda safra na região pampeana.
A colheita de milho atinge 23% da área, ante 16% em igual período de 2017. Os rendimentos do milho de primeira safra estão nos níveis esperados, e muitas áreas mostram melhoras na situação das lavouras. “Contudo, sem chuva em março, o milho plantado mais tarde terá sua pior colheita”, disse a bolsa. Não estão descartados novos ajustes na previsão de safra com o avanço dos trabalhos de colheita.