O valor de R$ 12 bilhões, liberado pelo banco para a safra 2017/18, é 20% maior do que na temporada passada.| Foto: /Agência de Notícias Gazeta do Povo

Se a economia está longe de seus melhores dias, com investimentos em baixa, pelo menos no campo os ‘agroempresários’ têm lidado com as dificuldades de uma forma bem diferente: investindo ainda mais nas propriedades em tempos de crise.

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Em pouco mais de uma semana, desde o que o governo federal anunciou a liberação de R$ 12 bilhões para o pré-custeio da safra 2017/18, que começa no segundo semestre deste ano, o Banco do Brasil (BB) – que é de onde os recursos são provenientes – já recebeu mais de 500 propostas, com potencial de negócios estimado em R$ 300 milhões. Desse total, R$ 17 milhões já foram aprovados. É a primeira vez que o dinheiro é disponibilizado em janeiro: geralmente, isso costuma ocorrer em março ou até em julho, junto com o Plano Safra. Por isso, segundo o BB, não há uma base de comparação ano a ano.

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“A despeito da situação econômica que vivemos, o agronegócio cresceu”, diz o vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, Tarcísio Hübner. “Além disso, nós temos uma expectativa muito boa. De maneira geral, no país todo, não há sinais de problemas maiores para a colheita. Onde o trabalho já começou, percebemos uma safra boa, então naturalmente os produtores já estão pensando na próxima temporada”, acrescenta.

De acordo com Hübner, a antecipação dos recursos – usados para comprar sementes, fertilizantes e defensivos, por exemplo – auxilia o agricultor a conseguir melhores condições na hora de negociar. “Quem vai dizer o melhor momento de comprar é o produtor, que está lá negociando. Nessa época, os caminhões voltam dos portos com frete mais baratos. E como a maior parte dos insumos é importada, ele consegue melhores preços”, explica.

Pré-Custeio

O valor liberado pelo banco para a safra 2017/18 é 20% maior do que na temporada passada. As taxas de juros estão em 8,5% ao ano para médios produtores, com teto de R$ 780 mil, e em 9,5% para os demais agricultores. Neste caso, o teto para o empréstimo é de R$ 3 milhões. O montante de R$ 12 bilhões está disponível até o dia 30 de junho. Para o Paraná, a fatia ficou em R$ 2,5 bilhões, aumento de quase 30% em relação à safra anterior.