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Chuvas intensas chegaram a destruir casas na região de Francisco Beltrão. | Leandro Czerniaski/ Imprensa Pmfb
Chuvas intensas chegaram a destruir casas na região de Francisco Beltrão.| Foto: Leandro Czerniaski/ Imprensa Pmfb

Além dos danos à população e prejuízos aos municípios, a chuva intensa que tem caído sobre o Paraná também afeta a atividade agropecuária do estado. Boletim divulgado nesta terça-feira (14) pela Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab) indica que as regiões mais afetadas pelo excesso de água estão com os trabalhos de campo praticamente suspensos.

Na região de Francisco Beltrão (Sudoeste), que foi afetada por um tornado com ventos de até 120 km/h, a colheita de milho safrinha “segue lenta, perdendo qualidade de grãos devido a umidade”, conforme indicam os técnicos regionais da Seab. No caso do trigo “o desenvolvimento das lavouras é bom, mas os agricultores não estão conseguindo entrar nas lavouras para realizar aplicações de agrotóxicos”, complementa o documento.

Em Pato Branco, que fica na mesma região, a pluviosidade acumulada no mês soma 180 milímetros, inviabilizando a entrada das máquinas no campo. Os técnicos da Seab apontam que áreas ainda não plantadas com trigo e cevada podem ter os planos revisados, “podendo haver redução maior de áreas. ”

O excesso de água também preocupa no Centro-Sul, em polos como Guarapuava. O índice de pluviosidade soma 213 milímetros, e já há preocupação quanto à possibilidade de superar o recorde acumulado da região (307 mm de água, em 2009). “Com a chuva que ocorreu nos últimos dias não registramos nenhum plantio nesta semana, nem mesmo os tratos sanitários nas culturas de inverno, as quais ficam mais suscetíveis a proliferação de doenças provocadas pela alta umidade”, apontam os técnicos locais.

No Norte do estado municípios como Cornélio Procópio acumulam chuva de 283 milímetros, ante média de 80 mm. Os técnicos da Seab na região indicam que as lavouras de milho safrinha ainda não colhidas começam a apresentar grãos ardidos. No caso do trigo os prejuízos são para a polinização das plantas e a dificuldade em realizar tratos culturais. Além desses prejuízos, as olerícolas também foram afetadas diminuindo a sua oferta no mercado. As colheitas de cana, café e banana estão paralisadas e há dificuldade com o escoamento da produção”, destaca o relatório.

PrevisãoAs previsões indicam que as chuvas tendem a continuar pelo menos até a quarta-feira em algumas regiões. “Esse sistema meteorológico deverá avançar sobre o Paraná durante o dia e há previsões de novos temporais, principalmente sobre a região sudoeste do estado e em toda metade Oeste de Santa Catarina, com potencial até para granizo”, diz o agrometeorologista da Somar, Marco Antonio dos Santos.

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