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Opinião

Quatro cooperativas estão entre as dez maiores empresas do Paraná

Apesar de apenas a Coamo (57.º) se destacar entre as 100 maiores do Brasil no ranking elaborado pelo jornal Valor Econômico, Serasa Experian e Fundação Getúlio Vargas, 15 cooperativas aparecem entre as 1.000 melhor classificadas. | /
Apesar de apenas a Coamo (57.º) se destacar entre as 100 maiores do Brasil no ranking elaborado pelo jornal Valor Econômico, Serasa Experian e Fundação Getúlio Vargas, 15 cooperativas aparecem entre as 1.000 melhor classificadas. (Foto: /)

Quatro cooperativas estão entre as dez maiores empresas do Paraná. Juntas elas somaram R$ 22,4 bilhões. A receita das quatro representa mais de 1/3 do faturamento de todo o sistema cooperativo paranaense, que reúne mais de 100 cooperativas, sendo 80 do ramo agropecuário. Apesar de apenas a Coamo (57.º) se destacar entre as 100 maiores do Brasil no ranking elaborado pelo jornal Valor Econômico, Serasa Experian e Fundação Getúlio Vargas, 15 cooperativas aparecem entre as 1.000 melhor classificadas. Pela ordem, lideram o ranking do estado no cenário nacional Coamo, C.Vale, Lar, Cocamar, Copacol, Agrária, Integrada, Castrolanda, Coopavel, Frimesa, Frísia, Copagril, Coasul, Capal e Coagru.

Com desempenho individual de R$ 555 milhões a mais de R$ 10 bilhões, o grupo das 15 soma R$ 42 bilhões, o equivalente a 2/3 ou mais de 70% do faturamento global das cooperativas do Paraná. Aliás, com exceção da Capal e da Coagru, as demais cooperativas estão na coluna “Clube do bilhão”, do dia 25 de julho, que traz uma relação daquelas com faturamento superior a R$ 1 bilhão. Quem não aparece na lista do Valor e nem da revista Exame, divulgado há dois meses e que também elege as 1.000 maiores empresas do país, é a Cocari, de Mandaguari, que em 2015 teve receita de R$ 1,5 bilhão. Assim, o Paraná teria 16 e não 15 cooperativas entre as maiores do Brasil.

Não podemos deixar de destacar a capilaridade do faturamento dessas cooperativas enquanto distribuição de renda e indutor de investimento. Elas estão em todas as regiões do estado. Do Norte ao Oeste, do Noroeste ao Sudoeste, dos Campos Gerais à Região Central, elas cobrem praticamente todo o estado. De commodities como a soja, o grande ativo do agronegócio, as cooperativas põem à mesa diariamente, com leite, frango, trigo, feijão, arroz e carnes e outros derivados com garantia de abastecimento e segurança alimentar.

Cooperado e produtor

Números de encher os olhos, que enchem de orgulho as cooperativas e orgulham o Paraná. Não podemos, no entanto, esquecer da base de toda essa construção, o produtor rural. Como ouvi dia desses do presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Ágide Meneguette, se o Paraná tem uma agricultura e pecuária estruturada e um produtor organizado é porque existem as cooperativas. Ele quis dizer que a entidade classista do produtor rural é forte e representativa. Mas de que nada adiantaria a Faep, o produtor e a produção se não conseguíssemos processar e exportar essa produção, papel desempenhado pelas cooperativas.

Avaliação e reconhecimento perfeito do dirigente. Como também deve ser no viés reverso da análise. As cooperativas só existem porque existem os produtores. Uma sinergia complementar de um processo, de uma integração onde não existem duas pontas, mas um paralelo, como condição à sobrevivência. Para ser cooperado é preciso ser produtor. Enquanto para ser produtor, pelo menos no Paraná, é quase que obrigação ser cooperado. Assim, quem é orgulho do Paraná, está no ranking do Valor ou da Exame não é a cooperativa ou o produtor. Mas os dois. E porque não todos nós, os paranaenses.

A relação lembra a campanha “Cooperativas, orgulho do Paraná”, lançada em outubro de 2008 pelo Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCom). As peças foram desenvolvidas a partir dos pilares felicidade, simbologia e a qualidade dentro do sistema. Entre as abordagens, os principais números que movimentam o sistema no estado, os agricultores (cooperados) e os funcionários das cooperativas.

Mais agro

Na escalação do Valor, o time do agronegócio do Paraná tem dois reforços de peso. Entre as 10 maiores empresas do estado destaque à Fertipar (88.º lugar) e à Seara (154.º). Em 2015, a gigante do setor de fertilizantes (química e petroquímica) faturou R$ 6,2 bilhões. E a Seara Agroindustrial, com sede em Sertanópolis, Norte do Paraná, teve receita de R$ 3,4 bilhões. Com bases de operação no Sul, Centro-Oeste e Sudeste, a Seara atua no setor de originação de grãos, comércio, insumos, armazenamento e transporte. Além de alimentação humana e mais recentemente no segmento de ração pet, para pequenos animais.

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