Especialistas de 13 países debatem a importância do agronegócio da América do Sul para o comércio internacional| Foto: Reprodução/Gazeta do Povo

Nesta quinta-feira (25) o Museu Oscar Niemayer (MON) recebeu um público de mais de 400 pessoas que vieram prestigiar o 4° Foro de Agricultura da America Del Sur, evento realizado pelo Núcleo de Agronegócio da Gazeta do Povo.

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“Estamos reunidos para discutir um dos grandes ativos do mundo e da economia moderna. Viemos aqui para debater os desafios e soluções de um agronegócio cada vez mais globalizado e que tem o desafio de ser mais sustentável e competitivo. Além disso, reunimos representantes de 13 países diferentes para discutir as tendências do setor a partir de uma realidade bastante específica que é a América do Sul. Maior produtor e exportador de grãos, carnes e cereais, o Fórum reserva muito conhecimento, informação e troca de experiências”, afirma o gerente de agronegócio da Gazeta do Povo, Giovani Ferreira.

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Para o Governador do Estado do Paraná, Beto Richa, o evento é essencial para mostrar a importância do agronegócio brasileiro e de todos os países da América do Sul. “A agricultura tem um caráter estratégico para o desenvolvimento sul-americano, se mantendo como a alavanca central do processo de desenvolvimento social e econômico, além de ser um instrumento de equilíbrio da balança comercial do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai”, afirma Richa.

Na palestra “Nova Estratégia para uma nova agricultura”, o Secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Norberto Ortigara, afirmou que hoje o Brasil e a América do Sul produzem uma agricultura dinâmica, moderna e de resultados. “O tempo do improviso ficou no tempo. Temos inúmeras dificuldades fruto de escolhas erradas no passado, mas nós também temos oportunidade. Se pensarmos que seremos a região do mundo capaz de abastecer o planeta, temos que fazer os investimentos necessários em inovação e tecnologia”, afirma Ortigara.

Segundo o assessor da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Leonel poloni, é extremamente necessário que o urbano entenda a importância do rural. “85% da representação política do pais é urbana. Eles precisam dar o devido valor ao agronegócio”.

Para o presidente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), José Roberto Ricken, a agricultura não se limita ao campo. “Quando a agricultura vai bem, a cidade também vai bem. “As cooperativas têm grandes objetivos de crescimento. Vamos fazer tudo o que for necessário para sustentar nossos objetivos”, ressalta Ricken.

O economista da Argentina, Guilhermo Rossi, também salientou a necessidade de revalidar o papel da agricultura nas agendas internacionais e a Importância da América do Sul para o planeta. “Precisamos ter noção do nosso potencial e a Argentina está preparada para ser um grande produtor e exportador”.

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O vice-ministro de agricultura do Paraguai, Mario Leon, afirmou que os países devem criar estratégias e tomar iniciativas para uma melhor agricultura. “Queremos construir alianças para ganhar mercados regionais e internacionais. No caso do Paraguai, temos agregado valor por meio da industrialização”, explica.

Por fim, o representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Odilson Ribeiro e Silva, finalizou a palestra reiterando que o agronegócio é o motor da economia brasileira e pode tirar o país da crise econômica com mais rapidez. “Queremos aumentar a inserção do agronegócio nacional no comercio internacional. Hoje participamos com 6,9%, mas queremos expandir para 10%. Embora seja uma meta audaciosa, sabemos que precisamos mudar alguns paradigmas”, afirma. Segundo ele, o Brasil é competitivo em 42% do comércio internacional do agronegócio, mas 58% ainda não é. “Em dois anos, se não mudarmos, vamos ser ultrapassados pela China”, encerra.