Se existe um modelo de negócio que continua moderno nos tempos atuais e que traz muitos benefícios para produtores, empresas e sociedade é o modelo cooperativista. Essa é a opinião dos painelistas que abriram o segundo e último dia do 6º Foro de Agricultura da América do Sul, que ocorre em Curitiba. Eles discutiram ainda o inter cooperativismo, ou seja, a associação de cooperativas, como uma forma de tornar os produtos agro mais competitivos.
Gabriela Prado, da OCB, afirmou que o modelo de cooperativismo está em sintonia com muitas coisas que a sociedade hoje demanda, como a busca de um mundo mais justo, com liderança coletiva, gestão democrática, interdependência e que pratica um capitalismo consciente, que pensa no coletivo.
“Tem muita coisa boa no cooperativismo, mas muita gente não sabe disso, porque costumamos falar para dentro, para nós mesmos. Temos que mostrar que somos um sistema organizado e profissional”, disse Gabriela. Segundo a palestrante, hoje o Brasil tem 3,2 milhões de cooperados.
Segundo ela, há um desconhecimento por parte do consumidor sobre o cooperativismo. “Os clientes compram a caixinha de leite, mas desconhecem que aquilo é um produto de cooperativa”, pontua. Esse desconhecimento, por sua vez, acaba atrapalhando para o setor conquiste mais espaço.
Inovação e tecnologia
Para Frans Borg, presidente da Castrolanda, o modelo de inter cooperativismo adotado por eles, de investir em inovação e tecnologia, só funciona por que o investimento em fábricas e na cadeia produtiva é feito em conjunto pelos produtores cooperados. “Percebemos que a necessidade dos produtores, que são a base da cooperativa, é a mesma. Então porque não construir uma operação conjunta?”, falou.
Segundo Borg, é preciso pensar a médio e longo prazo e construir um pensamento do que se quer daqui a 5 anos, por exemplo. Assim, consegue-se combater o que chamou de egocentrismo dos cooperados e cooperativas e ter ganho de escala para conseguir competir.
Renato Nobile, da OCB, que também participou do painel, enalteceu as boas práticas do cooperativismo do Paraná e disse que a inovação é o caminho que as cooperativas de um modo geral devem trilhar.
Emerson Moura, superintendente da Frísia, reiterou que as cooperativas precisam acabar com o “egosistema”, em que cada uma dá prioridade para suas necessidades individuais sem pensar no bem maior do conjunto. Sem isso, segundo ele, é impossível conseguir um bom inter cooperativismo.
Erik Bosch, diretor presidente da Capal, afirmou que os produtores precisam se sentir pertencentes à cooperativa, pois a confiança é ponto principal para o sistema cooperativista funcione de verdade.
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