Debates colocam em pauta tendências da América do Sul rural.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

A crise econômica que atinge o Brasil e a instabilidade nos mercados internacionais reduzem o ritmo de crescimento do agronegócio, mas não impedem projeções otimistas para o longo prazo. Para isso, contudo, o setor depende da contribuição do governo para criar um ambiente que favoreça investimentos e uma presença efetiva no comércio global. Essa é a principal conclusão apontada durante a conferência “A economia mundial, as crises e o agronegócio”, que deu sequência a programação do 3° Fórum de Agricultura da América do Sul.

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Os debates foram conduzidos pelo economista e diretor da EBS Business School, Judas Tadeu Grassi Mendes, e pelo técnico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Eugênio Stefanelo. Ambos defenderam uma maior intervenção estatal para criar um cenário favorável aos negócios.

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Mendes avaliou que no caso do Brasil é preciso reduzir a taxa média de juros e ao mesmo tempo estimular mais investimentos. “Enquanto o Brasil não investir 20% do Produto Interno Bruto (PIB) o país não irá crescer. Eu garanto. No passado, quando registrou avanço, investíamos 25% do PIB. Hoje não passa de 17% do total.” Esse também seria o caminho para contornar problemas como a alta constante dos preços no país. “Aqui se combate inflação com aumento dos juros. Não é o caminho.”, argumentou.

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Já Stefanelo lembrou que os caminhos para a execução dessas ações precisam ser sinalizados pela própria cadeia produtiva. “A sociedade tem que fazer sua parte e nós do agronegócio também, sinalizando ao governo o que agente precisa para continuar competitivo”, frisou.

A atenção a esses aspectos tende a se converter em um diferencial na medida em que os países sul-americanos comecem a explorar o potencial produtivo disponível. “A América do Sul tem um potencial imenso para a expansão de área. Um exemplo é o cerrado colombiano, que é igual ao brasileiro e tem 15 milhões de hectares ainda inexplorados”, exemplificou Stefanelo.