Embora seja considerada a nova fronteira agrícola da Argentina, o Chaco ainda está longe de se consolidar no cultivo de grãos. A falta de chuvas e tecnologias limitam o avanço da soja e do milho no Norte do país. No momento, institutos de pesquisa bancados por grupos de produtores e governo estudam novos tipos de sementes tolerantes à seca. Mas, de acordo com especialistas, ainda há muito trabalho pela frente.
“É preciso investir em canalização de rios para estruturar o Chaco. Isso demanda altos investimentos do governo”, avalia Rodolfo Rossi, gerente de pesquisa em sementes de soja da Nidera, com sede em Venado Tuerto. Ele complementa que a pesquisa da soja tolerante à seca, que a empresa desenvolve em parceria com outras instituições, registra novas descobertas, mas ainda deve demorar a ser lançada.
Por enquanto, o Chaco atrai investimento imobiliário. O grupo Romagnoli, de Monte Buey (província de Córdoba) pretende inaugurar o cultivo de grãos na região na próxima safra. “Ainda não temos experiência em produção por lá. Vamos entender a oferta ambiental do lugar e tentar nos adaptar. Muitos produtores estão começando a investir em irrigação artificial”, conta Santiago Lorenzatti, gestor e sócio da empresa em uma área comprada recentemente na nova fronteira argentina.