O veranico de janeiro – registrado em todo o circuito Sul de produção de grãos (MS, PR, SC e RS) – teve impacto menor no Sudoeste do Paraná graças à antecipação do plantio. Os produtores semearam soja e milho inclusive antes do período recomendado pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). Em 210 mil hectares de soja e 66 mil hectares de milho, a produtividade deve passar de 2,3 mil para 3,9 mil quilos (+70%) e de 9,3 mil para 11,3 mil (+20%) quilos por hectare, respectivamente, aponta Alberto Santin, gerente comercial da Coopertradição.
Perto de 15% das áreas da região são de soja precoce e estão sendo colhidas com bons resultados, avalia o técnico da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) Ivano Carniel. Com grande variação entre uma área e outra, essas lavouras rendem cerca de 3,5 mil quilos por hectare, estima. “3,3 mil quilos são sagrados”, diz.
Produtores como Rudimar Missio, de Pato Branco, alcançam inicialmente 3,9 mil quilos de soja por hectare com agricultura de precisão, marca considerada excelente pelos técnicos. O refinamento da produção é obrigatório para quem tem pouca área, afirmou. “A compra de terras aqui na região se tornou praticamente inviável. O que podemos fazer é investir em tecnologia para aumentar a produção.”
Para o presidente da Coopertradição, Julinho Tonus, considerando as áreas precoces e as demais lavouras em estágio adiantado, 70% da safra estão definidos. A cooperativa recebeu 18% menos grãos que o previsto na safra passada, mas registrou faturamento 8% maior. Agora espera receita de R$ 300 milhões em 2013, com incremento de 20%.
Na média estadual, a safra pode não ser de recorde de produtividade, mas na propriedade de Claudino Boza, em Vitorino, rende 3,9 mil quilos por hectare. Ele acertou na escolha da variedade precoce. Com 25 hectares e equipamentos de sobra, teve condição de plantar e colher na hora certa.
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