Chuvas beneficiam centro e norte da meia-lua da soja, no Leste do país.| Foto: Fotos: Albari Rosa/gazeta Do Povo
Equipe percorre corredor da soja desde o início da última semana. 
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O Paraguai ampliou a aposta na safrinha de soja e, com 700 mil hectares plantados, tinha lavouras há três semanas sem chuva. Mas as precipitações dos últimos três dias trouxeram alívio ao setor, embora ainda não garantam a produtividade esperada, que em algumas regiões é de 3 mil quilos por hectare, confere a Expedição Safra Gazeta do Povo, em viagem pelo país.

"Precisamos de mais duas chuvas até meados de abril", afirma o produtor Márcio Giordani Mattei, de Santa Rosa del Monday (Alto Paraná). Considerando toda a região que planta soja safrinha, são necessárias precipitações por mais um mês, ressalva o técnico agrícola Fernando Schultz, da Agrotec.

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As lavouras da safrinha mais prejudicadas pela falta de chuva neste ciclo são aquelas que foram semeadas primeiro, há três meses. Estão perto da colheita e não se beneficiam da umidade recente. Foram plantadas nas mesmas áreas da soja de setembro, que também foi prejudicada pelos veranicos -- o que significa que o clima castigou duas vezes os mesmos produtores.

Equipe percorre corredor da soja desde o início da última semana. 

Quem plantou soja mais tarde na primeira safra e, por isso, teve de adiar o cultivo da safrinha, tem perspectiva de atingir melhores médias. Apesar de marcas abaixo de 2 mil quilos por hectare serem normais no segundo ciclo, há produtores prevendo 3 mil kg/ha na região de Nueva Esperanza (Canindeyú), por exemplo. O Paraguai espera colher pelo menos 1,5 milhão de toneladas de soja no segundo ciclo.

A Expedição Safra segue viagem pelo país com apoio da Agrotec e publica reportagem consolidada sobre as lavouras nesta terça-feira (31). Na próxima semana, será detalhada a logística de escoamento do Paraguai, que mantém conexão cada vez mais forte com o Brasil.