Estado ainda tem milhares de sacas de milho para escoar, visando liberar espaço para chegada da soja.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

À medida que a soja vai saindo da lavoura, produtores, cooperativas, tradings e empresas do setor tentam se virar como podem para limpar os armazéns e abrir espaço à oleaginosa. As chuvas torrenciais que atingiram o Mato Grosso do Sul nos últimos meses de 2015 embaralharam o escoamento do milho safrinha ao interditar as principais rotas de saída da produção estadual rumo ao mercado internacional e agora complicam o recebimento da soja na região de Naviraí.

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“Ainda temos 200 mil sacas de milho para tirar do armazém, mas estamos com dificuldade de levar até o porto”, conta o superintende da Copasul, Gervásio Kamitani. Ele lembra que as duas principais ligações do estado com o Paraná – as BRs 163 e 487 – tiveram o trânsito completamente interrompido em dezembro depois que a chuva abriu crateras no asfalto. Na BR 163, a concessionária já arrumou, mas a BR 487 permanece interditada e diversas vias secundárias também estão intransitáveis.

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“Se for esperara o estado concertar acaba a safra e nada acontece. Então os produtores estão tendo que assumir custos com a recuperação das estradas vicinais para garantir rotas de escoamento da produção a tempo”, revela o dirigente. Segundo ele, as dificuldades de escoamento já teriam elevado em cerca de R$ 10 por tonelada o custo do frete rodoviário até o Porto de Paranaguá.