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Expedição Safra

Como Goiás, Minas Gerais e São Paulo reagiram à seca? 

Segunda etapa da Expedição Safra passou por São Paulo (foto), Minas Gerais e Goiás | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Segunda etapa da Expedição Safra passou por São Paulo (foto), Minas Gerais e Goiás (Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo)

A segunda etapa de acompanhamento de colheita da Expedição Safra 2017/18 passou pelo quarto, sexto e sétimo maiores estados produtores de grãos do Brasil: Goiás (9,7%), Minas Gerais (6%) e São Paulo (3,5%), respectivamente.

Minas Gerais

A equipe saiu de Curitiba na quarta-feira de cinzas, dia 14, e percorreu 900 km até Uberaba, em Minas Gerais. Nos dias seguintes, cooperativas e produtores de Uberaba e Uberlândia foram visitados.

Um dos pontos que chama a atenção é a redução do plantio de milho no estado, que é o maior produtor de verão do cereal no Brasil. Algumas áreas tiveram redução de 40% nesse cultivo no verão. Em grande parte, o plantio da soja foi atrasado pela estiagem e também irá impactar na segunda safra, reduzindo ainda mais a área de plantio de milho.

Outro detalhe relevante é em relação ao avanço da cana sobre a soja: produtores e a cooperativa Certrim vêm observando o avanço do arrendamento de áreas para usinas, especialmente em áreas do Triângulo Mineiro próximas ao estado de São Paulo.

Goiás

Segundo maior produtor de grãos do Centro-Oeste, perdendo apenas para o líder nacional Mato Grosso, Goiás mostrou potencial tecnológico ao avançar em uma semana a colheita de 5% para mais de 25%. Quando a meteorologia indicou chuvas, os agricultores correram para acelerar a colheita.

Assim como em outras áreas produtoras do Brasil, o estado goiano teve atraso de plantio, impactando na colheita e no cultivo do milho safrinha. A Cooperativa Comigo, de Rio Verde, estima que a safra atrasou cerca de 30 dias devido à estiagem do último trimestre de 2017 e aposta em uma recuperação no preço do milho.

São Paulo

O estado paulista apresenta realidades distintas em duas de suas maiores áreas de produção de grãos.

Em Cândido Mota, a estiagem não atrasou o plantio. Porém, após a semeadura, a seca ‘pegou’ e foi seguida por um volume alto de chuvas fortes, o que deve derrubar a produtividade em 20%, na avaliação da cooperativa Coopermota.

“A questão é que tivemos seca em dezembro e excesso de umidade em janeiro. Após o plantio, só choveu perto do Natal, e a soja não desenvolveu. Depois, passou 25 dias chovendo”, resume José Roberto Massud, engenheiro agrônomo da Coopermota, principal cooperativa da região.

Pouco mais de 250 km dali, nos municípios de Itaberá e Itararé certamente a safra será uma das melhores dos últimos anos, podendo superar a ‘safra perfeita’ de 2016/17. Há áreas de plantio com prévias de colheita acima de 80 sacas por hectare.

Bônus

A queda no preço do milho no ano passado tirou muitos de produtores a vontade apostar nesse cultivo. E há quem veja isso como uma oportunidade. O produtor de Uberlândia Júlio Cesar Pereira Junior aposta que a neste ano o produto deve voltar a valorizar. Portanto, à medida em que está terminando a colheita de soja, ele está fazendo o cultivo do milho para a safrinha.

“Eu não olho o preço. Tenho é que produzir mais e melhor. O preço é consequência”, reforça, garantindo a importância da alta produtividade. Leia mais sobre a aposta desse empreendedor do campo:

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