Apesar dos problemas político-financeiros do país, balanço preliminar é otimista| Foto: JONATHAN CAMPOS/JONATHAN CAMPOS

A 56º ExpoLondrina terminou com um balanço inicial positivo, segundo a Sociedade Rural do Paraná (SRP), organizadora da feira. Apesar das incertezas no quadro político do país e da crise financeira, além do calor de mais de 30ºC, que devem impactar no resultado final da exposição, após 11 dias de evento, a direção acredita que a edição 2016 foi positiva.

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De acordo com o presidente da SRP, Moacir Sgarioni, a forte integração entre o campo e a cidade garante equilíbrio de público e faturamento. “Nós temos a integração campo-cidade, com pessoas que vão comprar lembrancinhas de R$5 no pavilhão da agricultura familiar e outros que vão comprar uma máquina de R$ 1 milhão. Então é um evento de vários segmentos da economia”, explica.

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Com uma grade de shows com alguns dos maiores nomes da música brasileira, além de diversas atrações para atrair as famílias para o parque, a presença de público foi bastante expressiva, superando 2015. “Nossa agenda de palestras técnicas estava bem mais rica do que a do ano passado. E eu considero a grande de shows uma das melhores dos últimos 10 anos”, afirma Sgarioni. Somente no show de abertura da feira, com o cantor Wesley, mais de 20 mil pessoas estavam presentes.

“Num ano com excesso de chuvas durante a colheita da soja, perdendo em média 25% e ultimamente com sol muito forte e calor acima do normal prejudicando a safrinha e o público na exposição, não poderíamos esperar uma comercialização extraordinária. Nossas expectativas foram baseadas na nossa realidade, que inclui a crise política e econômica, e os resultados vieram dentro desses parâmetros”, reitera o presidente. Para o diretor comercial da SRP, Nivaldo Benvenho, o balanço do evento também foi positivo. “Mesmo com o desemprego e o achatamento na capacidade de compra, o evento registrou um bom público durante os 11 dias da Feira”, afirma.

A comercialização também foi dentro das expectativas para o momento. As concessionárias ofereceram descontos promocionais e a expectativa, agora, é para a concretização de negócios. “A Feira é um ambiente propício para comprar, normalmente oferecem linha de crédito e condições especiais para realização de negócios. São 56 anos de credibilidade”, disse Benvenho.

Palestras e seminários fizeram parte da agenda técnica da feira que destacou a importância do agronegócio para a economia do país. Tendências climáticas, debate sobre reprodução animal, integração lavoura-pecuária e comunicação para o agronegócio fizeram parte da grade técnica do evento. “Em dez anos que atuo como coordenador da programação técnica, esse ano foi a que tivemos melhor feedback dos produtores e demais participante dos eventos”, avalia o coordenador das atividades técnicas da feira, Luigi Carrer Filho. Os números finais ainda estão sendo apurados, mas Carrer estima em cerca de 12 mil pessoas o total de participantes nos cerca de 40 eventos técnicos.

Os leilões e exposições de animais também fizeram sucesso e terminaram os 11 dias de evento com avaliação positiva pelos organizadores do evento. Os bovinos vieram em menor número, mas em grande qualidade. Segundo o diretor de pecuária da SRP, Humberto de Almeida Barros Junior, a feira recebeu 900 animais de argola. O setor de ovinocaprinocultura, crescente na região, encontrou na Expo Londrina o espaço ideal para divulgar e ampliar os negócios. Para o diretor Luiz Fernando da Cunha Filho, esta edição foi um sucesso.

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No primeiro leilão de ovinos, onde estiveram expostos 35 lotes com valor de R$ 7 mil por animal, todos foram comercializados. Entre outras atrações, o carneiro de quatro chifres, vindo do Rio Grande do Sul, foi uma atração à parte. Também foram concretizadas vendas de produtos derivados dos animais nos estandes, como iogurte e queijos.