O que era alimento virou veneno. Após a morte de mais de mil cabeças de gado, a Defesa Sanitária Animal e Vegetal do Mato Grosso do Sul (Iagro) recolheu amostras dos alimentos dos animais e confirmou a suspeita inicial de botulismo na silagem de milho do rebanho atingido, no município de Rio Pardo (MS).
Em nota divulgada à imprensa no final da manhã desta sexta-feira (11), o Iagro, a Secretaria do Meio Ambiente do Estado e o Ministério da Agricultura comunicam que “ensaios laboratoriais demonstraram a presença das toxinas botulínicas tipo C e D”.
Especialista em nutrição de bovinos, o engenheiro agrônomo Sergio Raposo, da Embrapa de Campo Grande (MS), explica o risco do consumo animal desse tipo de toxina: “Uma quantidade pequena da micotoxina pode gerar um estrago muito grande”.
Botulismo bovino: contágio
À Gazeta do Povo, o diretor do Iagro, Luciano Chiocheta, havia informado na terça-feira (8) que a probabilidade de a doença ser encontrada em outros locais do estado era mínima. Hoje as autoridades descartaram o risco de o problema chegar a outras fazendas, por não se tratar de uma enfermidade que passe por via aérea - a contaminação se dá apenas pela ingestão de alimentos.
“Vale ressaltar que não se trata de doença infecto-contagiosa, mas sim de uma intoxicação alimentar. O Clostridium botulinum, bactéria produtora da toxina, está normalmente presente no ambiente e depende de condições favoráveis para o seu desenvolvimento, tais como matéria orgânica, alta umidade e anaerobiose”, destaca o governo na nota enviada.
Apesar disso, o estado destaca que qualquer suspeita de doença em animais deve ser imediatamente comunicada e reforça os cuidados de boas práticas na formulação, conservação e armazenamento de alimentos, como a silagem de milho, para evitar a proliferação de micro-organismos que possam causar doenças como o botulismo bovino.
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