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Caixa oferece juros ‘abaixo da tabela’ para atrair produtores rurais

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(Foto: Bigstock)

Primeiro banco a cobrar dos agricultores taxas menores do que o teto de juros estabelecido pelo Plano Safra, a Caixa Econômica Federal faz uma nova ofensiva na batalha para aumentar o portfólio de clientes do agronegócio, setor em que estreou em 2013 e detém hoje cerca de 5% do mercado.

O banco vai manter até o final de dezembro a redução de juros, de 7,5% para 6,7% ao ano, para empréstimos de custeio agrícola e pecuário por meio do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) do Plano Safra 2017/18.

O diretor de produtos de varejo da Caixa, Humberto Teófilo Magalhães, fez em Maringá, nesta quinta-feira, o anúncio da prorrogação do ‘desconto na tabela’ iniciado em novembro. Magalhães confirmou ainda que a Caixa não cobrará Taxa de Avaliação do Crédito, usual em outras instituições bancárias e que, no Banco do Brasil, por exemplo, é de 0,5%.

“Antes havia uma taxa fixa de juros no Plano Safra. A pedido da Caixa, o Banco Central mudou a regra e estabeleceu que os juros cobrados são um teto máximo, que os bancos podem reduzir. Como No Paraná grande parte dos produtores são de tamanho médio, acreditamos que muitos podem aproveitar esta redução de juros, em que a Caixa é pioneira”, afirmou Magalhães.

No Plano Safra 2017/18, o Governo destinou R$ 21,7 bilhões para financiamentos na linha Pronamp, 12% a mais do que na safra anterior. Desses, R$ 18 bilhões são para custeio, em que são oferecidos os descontos nos juros pela Caixa. Na produção agrícola, as despesas de custeio envolvem compra de insumos, sementes, fertilizantes e defensivos. Contemplam, na pecuária, a compra de vacinas, medicamentos e rações, além da aquisição de animais para recria e engorda, quando o empreendimento for conduzido por produtor rural independente.

Para se enquadrar no Pronamp, o produtor deve ter renda máxima de R$ 1,76 milhão por ano. O diretor da Caixa garante que para financiamentos de até R$ 500 mil, a avaliação do projeto e a resposta serão imediatas. Para valores acima de R$ 500 mil, o banco promete responder sobre a liberação do recurso em no máximo 5 dias. “É uma grande oportunidade para os médios produtores reduzirem os custos de produção. Em um empréstimo de R$ 1,5 milhão, com essa redução de juros a economia do produtor chega a R$ 12 mil na operação”, afirma o executivo.

A Caixa Econômica Federal começou efetivamente a operar no crédito agrícola em 2013 e hoje tem uma carteira de R$ 7,5 bilhões. Nesta safra, a meta é chegar a R$ 10 bilhões em financiamentos rurais. De julho a outubro, o banco registrou um aumento de 74% nas contratações de crédito rural em todo o país, em relação ao mesmo período do ano passado. No Paraná, o acréscimo chegou a 134%.

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